"É pressão psicológica", diz Novelletto sobre críticas de Odone à FGF

Após a lesão do atacante Kleber na partida diante do Cruzeiro-POA, a direção do Grêmio fez duras críticas à arbitragem gaúcha. A falta do zagueiro Léo Carioca originou uma fratura na fíbula do tornozelo direito e o Gladiador ficará afastado do time tricolor de quatro a cinco meses.

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O presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Novelletto, considera que o lance que originou a lesão de Kleber foi uma situação comum de jogo. Além disso, Novelletto acredita que a manifestação da diretoria do Grêmio tem apenas o objetivo de criar pressão psicológica sobre a arbitragem.

- A falta foi normal. Isso é pressão psicológica e vai acontecer com o Inter, caso percam um jogador importante também. A gente lamenta. O Rio Grande do Sul é divido em dois grandes jogadores: o Damião e o Kleber. Ele tem muita notoriedade. Mas lesão acontece em todos os clubes. Se o Grêmio tem três jogadores no departamento médico, os clubes do interior devem ter o dobro, por conta da estrutura reduzida. Em muitos clubes nem tem médico para viajar - diz Novelletto.

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Diante da ameaça do presidente Paulo Odone de um possível boicote do clube ao Gauchão a partir do ano que vem, Novelletto não se curva. O presidente da FGF credita as declarações à frustração dos dirigentes pela perda de Kleber por um grande período.

- Isso aí é pressão. E a Federação Gaúcha não é movida por isso. Acredito que estão de cabeça quente pela perda do jogador por esse grande período. Além disso, o Odone não será o presidente no ano que vem - fala.

Francisco Novelletto também elogia o nível da arbitragem gaúcha. Segundo o presidente da FGF, a "pegada" dos jogadores do interior sempre foi uma característica do Gauchão.

- O nível não decaiu. É só olhar os outros campeonatos. Eu assisto cinco ou seis Estaduais por semana e a nossa arbitragem é a melhor. O Gauchão sempre foi assim, com jogo pegado. Ganhou notoriedade por ser disputado. É uma característica - diz Novelletto, que complementa:

- Grêmio e Inter jogam outros campeonatos e disputam títulos. Mas para os times do interior, muitas vezes é um prato de comida que está em jogo. Os jogadores geralmente tem três meses de contrato. Na dupla Gre-Nal, o contrato dura dois, três anos. O jogador do clube do interior tem três meses para mostrar suas qualidades. Se não mostrar, compromete a carreira. Então nesses três meses, eles jogam com tudo. Até porque o Gauchão é uma vitrine para os times menores - finaliza.