O River Plate é a inspiração porteña de Carmópolis, cidade a 80 quilômetros de Aracaju. O adversário do Grêmio na quarta-feira, na largada da Copa do Brasil, é fruto da rivalidade argentina. Havia um Boca Juniors na vizinha Cristinópolis. Sentindo-se afrontados, os boleiros de Carmópolis decidiram criar o River.
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O curioso é que o confronto ente as versões sergipanas dos gigantes argentinos nunca aconteceu. Há três anos, quando o River ascendeu no futebol local, o Boca começou sua derrocada. Hoje, sem dinheiro, até mudou de sede. Instalou-se na distante Estância e disputa a segunda divisão. O rival, ao contrário, decolou.
Ex-presidente do Confiança, Fernando França convenceu a mulher, prefeita de Carmópolis, da importância de investir no futebol. Esmeralda França confiou ao marido o projeto. Com ele de presidente, o River ganhou a segunda divisão e engatou o bi sergipano.
No ano passado, França morreu de infarto fulminante. O estádio de Carmópolis ganhou seu nome. Ernando Rodrigues, homem de confiança de França e de Esmeralda, é quem conduz o clube agora. Ernando é homem de temperamento. Desgostoso com decisões do técnico Fahel Júnior, o demitiu. Mesmo que Fahel tenha sido um investimento para o futebol local, com passagens por Brasil-Pel e clubes do interior paulista. O interino Reginaldo Ramos deve comandar o time contra o Grêmio - a direção tenta trazer de volta Aílton Silva, campeão sergipano em 2011 e auxiliar no São Caetano.
Para a Copa do Brasil, o River comemora o patrocínio firmado com a banda de forró Calcinha Preta. Surgida no Estado, ela é sucesso nacional. Beto Caju, um dos compositores dos sucessos do Calcinha Preta, é também um dos fundadores do River. De sua boa relação com o empresário da banda veio a parceria. Pela terceira vez, o River levará o Calcinha Preta na camiseta.
Em campo, o centroavante Leandro Kivel é o grande nome do River. Gaúcho de São Borja, Kivel, 28 anos, é cigano do futebol. Já rodou por Cianorte-PR, Luverdense, Portuguesa Santista, Rio Claro e interior gaúcho. Também registra passagem pela base do Grêmio em 2001. Bibi, seu companheiro de ataque, é o outro destaque. Bibi é símbolo do clube. Está lá desde os tempos de vacas magras.
Neste domingo, o River enfrenta o Sergipe. Precisa vencer e torcer por resultados paralelos para se classificar à próxima fase do returno. O time base é Pablo; Gláuber, Fernando Belém, Bebeto e Betão; Misael, Jonathan, Wallace e Almir Sergipe; Leandro Kivel e Bibi. No banco, os atacantes Vitor Sapo e Felipe Mamão são as alternativas.
*Colaborou Adriano de Carvalho
Briga pelo penta
Conheça o River Plate-SE, adversário do Grêmio na estreia da Copa do Brasil
Partida ocorrerá na próxima quarta-feira, às 22h, no Estádio Lourival Baptista, em Aracaju
Leonardo Oliveira
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