Passados 25 anos, o Gre-Nal volta a entrar na vida de Caio Júnior. Entre 1985 e 1987, ele vestia a camisa 9 do Grêmio e revezava-se com Renato, Valdo, Lima e Jorge Veras num ataque que ainda está na memória dos torcedores. Hoje, comanda um time que depende de uma vitória neste domingo para inspirar alguma confiança entre os gremistas.
Ainda assim, Caio Júnior não vê prejuízo em disputar um Gre-Nal logo no início do trabalho. Está convencido de que, a longo prazo, terá montado uma equipe competitiva.
- Gre-Nal é o melhor jogo de se jogar. Estou com saudade. Minha história nesse clássico é superpositiva - afirma.
Apesar de paranaense, Caio Júnior traz o Gre-Nal no sangue. Ainda garoto, descobriu o clássico pela convivência com a colônia gaúcha de Cascavel, cidade em que nasceu a 8 de março de 1965.
Começou a disputar o maior jogo gaúcho no final da década de 1980, recém chegado para as categorias de base, com 15 anos recém completados. Confessa que ficou mais nervoso ao disputar o primeiro Gre-Nal como juvenil do que como profissional.
Pelo time principal, foram 12 partidas contra o rival, entre 1985 e 1987, período marcado pela supremacia tricolor nas disputas estaduais. Foram cinco vitórias, cinco empates e apenas duas derrotas. Marcou quatro gols, o mais importante deles na decisão do Gauchão de 1985, vitória do Grêmio por 2 a 1. Passou pelo Inter em 1994, mas não jogou Gre-Nal.
É por conhecer o peso do clássico que ele fugiu das perguntas sobre a escalação que pretende colocar em campo amanhã. Irá manter o mistério até onde for possível, sobretudo na armação do meio-campo.
- Não vou abrir nada para domingo. Gre-Nal é guerra, sei como funciona. Me formei aqui dentro dessa casa, é o melhor jogo do futebol brasileiro - afirmou.
Nesta sexta, para não dar armas ao inimigo, Caio Júnior evitou as entrevistas. Por enquanto, só tem definidos defesa e ataque, com os mesmos jogadores utilizados na vitória contra o São Luiz. Léo Gago ainda é dúvida. Caso não tenha condições, Gilberto Silva pode atuar ao lado de Fernando.
Retrospecto
Os Gre-Nais de Caio Jr.: "Minha história em clássicos é superpositiva"
Técnico deve manter mistério sobre a formação do meio-campo até momentos antes do jogo
Luís Henrique Benfica
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