A hipótese Lúcio: escanteado no Grêmio, lateral é cogitado pelo Cruzeiro

Por que não Lúcio? Via redes sociais, a pergunta é feita com insistência por torcedores do Grêmio, que criticam as atuações de Bruno Collaço. Aos 32 anos, o lateral seguirá treinando em horário alternativo. Ontem, em Belo Horizonte, dirigentes do Cruzeiro revelaram interesse em sua contratação.

Ao pedir por Lúcio, os torcedores reivindicam tratamento igual ao concedido a André Lima. O centroavante também treinava em grupo separado e foi chamado de volta por Caio Júnior.

- É uma situação diferente. André Lima havia pedido para não treinar no grupo principal porque tinha a expectativa de ser vendido para a China. Como o negócio não foi fechado, voltou - explica o diretor-executivo Paulo Pelaipe.

No caso de Lúcio, a decisão é técnica. Seu nome já não constava da lista de jogadores com chances de utilização apresentada à direção, em dezembro, por Caio Júnior. E, ainda que fizesse parte dos planos do treinador, o lateral não seria reintegrado ao grupo titular. Fontes ligadas à direção alegam que se trata de um jogador com deficiência física, com trajetória frequentemente interrompida por lesões musculares no ano passado.

Por meio de sua assessoria de imprensa, Lúcio pede para não falar sobre sua situação. Clécio Souza, seu irmão e procurador, revela que o jogador sente-se aborrecido por jamais ter vivido experiência semelhante. Em tom de mágoa, lembra que o jogador foi importante na campanha do vice da Libertadores de 2007, quando fazia parceria com o atacante Carlos Eduardo. Lembra também do desempenho de 2010, quando foi virou meia de Renato Portaluppi.

No início do ano, Lúcio esteve perto de acerto com um clube de Dubai. Como a janela foi curta, o negócio não saiu. Náutico e Sport também mostraram interesse, mas não tem condições de bancar o salário pago pelo Grêmio.

Apesar do inconformismo com a situação do irmão, Clécio mantém o bom humor.