Aos 28 anos, Ronaldo Conceição é o líder da defesa do River Plate-URU, que, em sua primeira participação em Libertadores, se classificou para grupo ao lado de Palmeiras, Nacional-URU e Rosario Central. O zagueiro ainda lamenta sua saída do Inter, quando não foi mais usado após sofrer uma grave lesão no tendão de Aquiles.
Como é o River Plate-URU?
É um clube ainda limitado, com estrutura pequena. Mas é uma grande vitrine, sem dúvida. Temos um estádio em Montevidéu (o Federico Omar Saroldi, para 6 mil pessoas), mas a Libertadores jogaremos em Maldonado (no Domingo Burgueño Miguel, da universidade, com capacidade para 25 mil torcedores).
Se fosse comparar com outros clubes pelos quais passaste, seria Náutico, São José ou Caxias?
São José. É como se o São José jogasse a Libertadores.
Tens ideia da folha salarial do River-URU, até para comparar com os mais elevados, tipo Grêmio, Atlético-MG, São Paulo, Boca Juniors, River Plate...?
Não exatamente. Mas te garanto: o salário de um jogador de um dos clubes grandes paga todo o nosso grupo. Repito: é estilo São José.
Quem são os destaques?
O grupo é bem jovem. Tem o (Nicolás) Schiappacasse, que é um atacante de 17 anos, que já está vendido para o Atlético de Madrid. O Michael Santos também está por sair. Vejo no lateral-direito Giovanni González um baita futuro pela frente, como também o volante Ángel Rodríguez. Tenho certeza que logo, logo vão estar brilhando em outro lugar.
E o técnico?
O técnico é Juan Carrasco, a quem sou muito grato pela oportunidade de trabalhar de novo. Foi o único que abriu as portas quando precisei e apostou em mim. É um cara inteligente, tático. A gente ainda não conseguiu fazer tudo o que ele pede, mas, na fase de grupos, vocês vão ver um River mais agressivo e ofensivo.