Confesso que passarei a semana inteira torcendo para que a cordialidade e o espírito desportivo prevaleçam no Gre-Nal. Me inquieta, entretanto, imaginar com reagirão os perdedores e qual será o comportamento dos vitoriosos.
Presidente do Grêmio aprova jogo às 11h da manhã de domingo
Os últimos Gre-Nais terminaram empatados e nada decidiam. Agora será diferente. Terá que haver um vencedor e este dará a volta olímpica. Os novos tempos do futebol gaúcho serão colocados à prova.
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Tento imaginar as seguintes situações:
O Grêmio é campeão. Tricolores cantam:
- Ei, ei, ei! O Beira-Rio é nosso!
O Inter é penta. Colorados cantam:
- Um dois, três, o Grêmio é freguês!
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Como reagirão os perdedores diante da inevitável flauta? E os vencedores saberão respeitar os limites da rivalidade sadia? Sim, porque é preciso saber perder tanto quanto saber ganhar.
Gremistas e colorados que decidiram ir ao Beira-Rio devem, desde já, se condicionar a aceitar qualquer resultado sem perder a elegância. Melhor que as tribos se afastem: os perdedores que sigam o seu caminho mastigando a sua dor e os vencedores que façam a sua festa bastando-lhes a alegria de vencer e desprezando a histórica mania de provocar.
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Domingo estarei no Beira-Rio comentando o Gre-Nal. Desejo muito que só seja necessário analisar o jogo. E que os repórteres da rádio Gaúcha entrevistem torcedores, jogadores e dirigentes e não sejam obrigados a registrar confrontos. Neste domingo, o futebol gaúcho viverá a sua maior prova de civilidade.
*ZHESPORTES
