
A Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) comunicou, em nota, o afastamento do assistente Claiton Tim, denunciado por quatro atletas do América-MG por suposto caso de assédio sexual.
O caso teria ocorrido neste sábado (22), durante a partida contra o Juventude, na Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, na primeira rodada do Brasileirão Feminino.
Na noite de domingo (23), a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) e a Comissão Estadual de Árbitros de Futebol do Rio Grande do Sul (Ceaf/RS) publicaram nota afirmando que acompanham os desdobramentos do episódio e "reafirmam o compromisso no combate ao assédio e todas as formas de discriminação".
Conforme apurado por ZH, ainda antes do início do jogo o profissional, que se comunicava com outro integrante da arbitragem através do rádio, teria falado que iria "pegar o WhatsApp de algumas jogadoras, porque elas estavam lisinhas", referindo-se ao fato de as atletas estarem depiladas.
Assistente pode ser banido
O afastamento, conforme a CBF, seguirá até o final da investigação. Caso seja considerado culpado, o assistente será banido da arbitragem. A entidade ainda irá solicitar uma investigação "rigorosa" ao STJD e às autoridades policiais.
Outro fato também ocorreu no segundo tempo, quando uma atleta do Juventude passou mal e vomitou. Uma adversária reclamou com a arbitragem que isso sempre acontecia com aquela jogadora, e o mesmo profissional de arbitragem teria afirmado que a atleta sempre vomitava porque "estava grávida desde o ano passado".
Ocorrência
Logo que a partida foi encerrada, as jogadoras do América-MG entraram em contato com a equipe de Força Tática que fazia o policiamento do confronto, e relataram o interesse em registrar ocorrência. Em seguida, quatro atletas se encaminharam à delegacia de Bento Gonçalves e prestaram depoimento, relatando a situação.
Veja o pronunciamento da CBF
A Comissão de Arbitragem da CBF informa o afastamento do assistente de arbitragem Claiton Tim, da Federação Gaúcha de Futebol, até o final da apuração da denúncia de assédio feita por atletas do América-MG na partida contra o Juventude, pela primeira rodada do Brasileirão Feminino A1.
Caso seja considerado culpado, o assistente será banido da arbitragem. A CBF irá solicitar também ao STJD e às autoridades policiais uma investigação rigorosa do caso. A CBF reafirma seu compromisso no combate ao assédio e também contra todo tipo de preconceito no futebol.