O sábado (29) não terminou com o resultado que o Brasil esperava. Pela segunda rodada da Copa do Mundo Feminina, a Seleção buscava uma vitória inédita sobre a França para comemorar a classificação antecipada às oitavas de final. O que aconteceu, no entanto, foi o oposto: derrota por 2 a 1.
Além do tropeço, a atuação brasileira também foi lamentada pelas atletas. Especialmente, no que diz respeito ao primeiro tempo. Os 45 minutos iniciais se encerraram com a posse de bola e as melhores oportunidades da França, que também tinha a vantagem, por 1 a 0.
— Acho que entramos no primeiro tempo um pouco nervosas, não estávamos ficando muito com a bola. Foi uma das coisas que conseguimos arrumar no segundo tempo: estar com as linhas mais próximas, trocar passes curtos. Porque estávamos com o meio muito distante e tínhamos que optar pela bola longa. Assim, não estávamos conseguindo trabalhar a bola e nem ficar com ela. Acho que faltou isso: usarmos o nosso futebol, a nossa qualidade, aproximar, para envolvê-las no jogo. Não fizemos isso no primeiro tempo, só conseguimos arrumar no segundo — avaliou a zagueira e capitã Rafaelle.
Na segunda etapa, com a melhora na postura, o Brasil buscou o empate com Debinha, mas não teve muito tempo para comemorar. No final do período complementar, Renard garantiu a vitória francesa em mais um gol de bola aérea.
— Sabíamos dessa entrada dela (Renard), com velocidade, saindo de trás, e era algo que tínhamos marcado, visto no vídeo, que tinha de ter alguém para fazer o bloqueio nela. Deu para ver que a bola entrou nas minhas costas, mas tínhamos de fazer o bloqueio para ela não entrar com velocidade, como acabou entrando. Não tive tempo ainda de ver o gol, de analisar, mas fica de aprendizado que a bola parada decide. A gente, infelizmente, foi surpreendida hoje (sábado) e saiu com a derrota — complementou.
Com o tropeço, a última rodada se torna decisiva para o Brasil. Especialmente, se a Jamaica vencer o Panamá neste sábado. Neste cenário, as duas seleções entrariam em campo na próxima quarta-feira (2), às 7h, no Melbourne Rectangular, em confronto direto pela classificação.
— Agora, contra a Jamaica, já aprendemos o que precisamos: impor nosso futebol, jogar perto, usar nossa habilidade. Não temos o que perder, vamos jogar nosso futebol e buscar a vitória — finalizou a capitã.
Durante a Copa do Mundo Feminina, GZH tem edições especiais do "Expresso da Copa" para repercutir a competição que ocorre na Austrália e na Nova Zelândia. O programa é realizado de segunda a sexta-feira, das 11h às 11h30min, no Youtube de GZH e no Gaúcha 2.