![Rodrigo Adams / Agência RBS Rodrigo Adams / Agência RBS](https://www.rbsdirect.com.br/filestore/7/0/8/7/6/2/4_ea9d30171c6a93e/4267807_c56bddaf8641905.jpg?w=300)
Sempre sonhei em conhecer o Marrocos. A proximidade de Portugal e Espanha alimentaram este sonho em 2019, ano em que estive por aquelas bandas. Infelizmente, não foi possível. Minha comadre Camila Ceron foi e contou maravilhas sobre o passeio.
Fui a dois jogos do Marrocos na Copa do Mundo. Foi amor à primeira vista. Diversas vezes eu comentei aqui nos textos: sou um cara de arquibancada. Fui criado no cimento do Olímpico. Foi lá que moldei a minha identidade como torcedor. Inúmeras vezes eu vi o Grêmio construir ou reverter resultados em função do ambiente.
Eu sei que futebol é no campo. Mas torcida é fundamental. Voltando, vi a vitória de Marrocos contra a Bélgica, por 2 a 0, ainda na primeira fase. Foi uma típica noite de Libertadores. O Al Thumama virou uma espécie de Bombonera. Marroquinos entregaram a alma na arquibancada, enquanto os jogadores deram a vida em campo. Poesia pura.
Na noite de terça-feira (6), a caminho do Education City Stadium, percebi que a vitória de Marrocos começou nos trilhos do metrô de Doha. No entorno do estádio milhares de bandeiras em vermelho e verde. Uma verdadeira loucura. Somente com a alegria daquele povo seria possível despachar a tradicional Espanha. E conseguiram.
Festa de título
A festa se estendeu pela esplanada do estádio. Torcedores e imprensa se abraçavam. Os voluntários pulavam. Uma verdadeira loucura. Festa de título. Pela primeira vez os marroquinos estão entre os oito melhores do planeta.
Nada contra a Espanha. Marrocos é a queridinha da Copa. Uma espécie de conto de fadas. A mais sul-americana das torcidas fora da América merece seguir fazendo festa.