Grêmio e Inter vão se encontrar pela 442ª vez no Gre-Nal neste sábado (22), às 17h30min, no Estádio Couto Pereira, em Curitiba. Esta será apenas a segunda vez que o maior clássico gaúcho ocorrerá fora do Rio Grande do Sul. Além disso, há o ineditismo de ser a primeira vez do confronto em outro estado brasileiro. Afinal, o duelo de 2011 foi disputado em Rivera, no Uruguai.
Desta vez, será um Gre-Nal para brasileiro ver. Será a primeira vez que os dois gigantes do futebol do RS vão se enfrentar após a enchente que destruiu o Estado. Por esta razão, o duelo com mando do Grêmio será realizado na capital paranaense — a Arena ainda não foi recuperada, assim como o Beira-Rio. Em uma mobilização de solidariedade, será um clássico com transmissão de TV aberta.
Nos nossos pagos, não há quem não saiba o mínimo que envolve um jogo de futebol entre Grêmio e Inter. Longe de nossa estância, porém, o Gre-Nal 442 poderá ser uma novidade. Sendo assim, GZH apresenta expressões, frases e fatos históricos para conhecer o clássico.
Quem ganhou mais?
- Inter: 162 vitórias
- Grêmio: 141 vitórias
- Empates: 138 empates
Fatos históricos
"Gre-Nal do Século"
Em 12 de fevereiro de 1989, Inter e Grêmio se enfrentaram pela semifinal do Campeonato Brasileiro de 1988. Um jogo obrigatório em qualquer documento que aborde a rivalidade. No clássico de ida, houve empate sem gols no Olímpico. O Gre-Nal decisivo no Beira-Rio terminou com vitória colorada por 2 a 1. Marcus Vinicius abriu o placar para os visitantes, mas Nilson garantiu a virada com dois gols. Foram mais de 78 mil torcedores presentes, no duelo que não só valia uma vaga à final do Brasileirão, mas também à Libertadores de 89.
Queima de banheiros químicos
Em 30 de julho de 2006, Inter e Grêmio ficaram no 0 a 0 pelo Campeonato Brasileiro. O mais marcante do 366º clássico Gre-Nal da história, porém, ocorreu aos 14 minutos do segundo tempo. Cenas de vandalismo por parte de um grupo de torcedores tricolores, culminando com um forte incêndio de oito banheiros químicos no fosso do estádio Beira-Rio. Após os bombeiros chegarem com um caminhão para a contenção do fogo, os vândalos atiraram pedras.
Pancadaria na Libertadores
O Gre-Nal disputado em 12 de março de 2020, o primeiro na história da Libertadores, ficou marcado por uma intensa pancadaria entre os jogadores. Aos 35 minutos do segundo tempo, uma briga generalizada se iniciou após uma disputa de bola, resultando em oito expulsões, quatro para cada lado. O confronto, realizado na Arena, terminou empatado em 0 a 0 e a violência dentro de campo ofuscou o futebol, gerando grande repercussão negativa e subsequentes punições aos envolvidos.
Goleadas marcantes
Ainda que o Gre-Nal seja normalmente um jogo brigado, amarrado e de placares apertados, a história do clássico também é marcada por algumas goleadas. É praxe para um gremista questionar: "Quanto foi o primeiro Gre-Nal?". E a resposta sempre está na ponta da língua: 10 x 0.
Mas o Inter também tem sua goleada para contar, como o clássico do Campeonato Brasileiro de 1997, no Olímpico, vencido pelo Colorado por 5 a 2. Dia em que o atacante Fabiano desequilibrou a partida, com dois gols.
A mais recente é do Grêmio, na Arena, em 2015. O Inter demitiu o técnico Diego Aguirre na véspera do clássico em busca de um "fato novo", conforme os dirigentes da época. O que ocorreu foi uma goleada gremista — 5 a 0 — com dois gols de Luan, mais Giuliano, Fernandinho e Réver, contra.
Frases marcantes
"Gre-Nal arruma a casa"
A frase virou uma máxima do clássico a partir da declaração do dirigente colorado Ibsen Pinheiro. Na aldeia, vencer um clássico pode ajudar o clube a se recuperar na temporada. Por outro lado, uma derrota também pode desarrumar a casa perdedora.
"Clássico é clássico e vice-versa"
A pérola teria sido dita por Jardel. Embora não tenha sentido literal, a intenção do ex-centroavante Grêmio era enfatizar a importância do jogo contra o Inter para ambos os times. Seja amistoso (hoje em dia algo raríssimo), Gauchão, Brasileirão ou Libertadores, a responsabilidade e o nervosismo diante do jogo são altas.
"Gangorra Gre-Nal"
Esta metáfora é sempre usada pelo histórico comentarista Lauro Quadros. Grêmio e Inter. Inter e Grêmio. Antes de torcer para o Inter, a pessoa é contra o Grêmio. Antes de torcer para o Grêmio, ela é contra o Inter. Na maior parte das vezes, quando um está em boa fase, o outro está em má. Quando um está por cima, outro está por baixo. Assim é o Gre-Nal, como uma gangorra do parquinho infantil.
"Gre-Nal não se joga, se ganha"
A frase habitual em clássicos por todo o país também tem sua versão Gre-Nal. O propósito é plantar na cabeça de jogadores e torcedores o peso que a partida tem. Não há uma explicação lógica, afinal, quando existe um vencedor, consequentemente haverá um derrotado. No entanto, ela é sempre exaltada pelos vitoriosos.