A confusão envolvendo Cruzeiro e Chapecoense ficou definitivamente no passado. O que se viu no duelo da noite deste domingo, no Mineirão, em Belo Horizonte, foi futebol. Duas equipes de olho apenas no bom desempenho dentro das quatro linhas. Como era esperado, o time catarinense foi bem recebido no estádio mineiro, num clima tranquilo, sem resquícios do que ocorreu na partida do meio da semana, pela Copa do Brasil.
E o resultado de 2 a 0, com gols anotados por Wellington Paulista, na primeira etapa, e Grolli, na segunda, deixou o Verdão na liderança da Série A do Campeonato Brasileiro, com 10 pontos, a mesma pontuação do Corinthians, mas com melhor saldo de gols. A Chape segue invicta na competição, com três vitórias e um empate, em quatro partidas disputadas.
Na próxima rodada, os catarinenses pegam o Grêmio, quarta-feira, às 21h45min, na Arena Condá, em Chapecó. Já o Cruzeiro encara o Bahia na Fonte Nova, quinta-feira, às 21h.
A Chape fez um primeiro tempo de gigante no Mineirão. Sem dar espaços, foi para cima da Raposa desde o início, ocupando todos os cantos do campo adversário. Logo aos seis minutos, Arthur Caíke caiu na área em um lance polêmico. O atacante pediu pênalti, mas na visão da arbitragem o lance foi normal. Um minuto depois, o time mineiro tentou levar perigo com Rafael Marques, em um chute de fora da área, mas o goleiro Jandrei viu a bola sair à esquerda de seu gol. Aos 19, mais uma boa oportunidade do Verdão num cabeceio de Seijas que a zaga do Cruzeiro afastou.
Melhor na partida, foi natural a Chape abrir o marcador, com Wellington Paulista, aos 26 minutos. Após cobrança de lateral, Reinaldo jogou com Seijas, que cruzou na medida para o capitão do Verdão testar na medida e balançar as redes. Na comemoração, bola na barriga embaixo da camisa e tapinhas na testa dados pelos companheiros. Após o gol, a Chapecoense administrou a vantagem, investindo em longas trocas de passes e esfriando a partida, quando tinha oportunidade, enquanto o rival mineiro passou a primeira etapa sem chegar ao gol do time de Vagner Mancini.
- Estou muito feliz pelo gol - disse Wellington Paulista ao sair para o intervalo.
Sem acomodação na etapa final
O Verdão voltou no gás para o segundo tempo. Com um pouco mais de um minuto de jogo, Rossi cruzou de letra para Luiz Antônio soltar uma bomba de fora da área, obrigando o goleiro Fábio a fazer grande defesa. Na cobrança de escanteio, muito fechada, Grolli foi esperto, aproveitou o desvio e completou para as redes.
O Cruzeiro chegou a assustar aos 11 minutos, após uma cobrança de falta, mas o goleiro Jandrei estava bem posicionado e subiu para segurar a bola e evitar o gol. A Raposa não estava satisfeita com o resultado e ensaiou uma pressão, apoiada pela torcida, que não poupava xingamentos ao árbitro Cláudio Francisco Lima e Silva por não marcar pênalti para o time da casa após Thiago Neves cair na área. Robinho também tentou marcar de falta, mas desperdiçou e mandou por cima da meta de Jandrei.
Apesar da pressão, o Cruzeiro não balançou as redes e ainda teve que ouvir gritos de "Vergonha, time sem vergonha", das arquibancadas do seu estádio. Com a derrota, A Raposa segue com os mesmos setes pontos e na oitava posição da tabela da Série A.
- Ficamos muito felizes depois do que passamos nos últimos meses. Conseguimos fazer uma reconstrução rápida e agora vamos continuar trabalhando sério, é um campeonato difícil, mas nessa pegada estamos no caminho certo. Podem esperar muito empenho, dedicação e o que podemos prometer é isso sempre - contou Douglas Grolli.
Ficha técnica
Cruzeiro (0)
Fábio; Hudson (Lennon), Caicedo, Léo e Diogo Barbosa; Ariel Cabral (Robinho), Henrique, Rafinha (Ábila) e Alisson; Thiago Neves e Rafael Marques.
Técnico: Mano Menezes
Chapecoense (2)
Jandrei; Apodi, Grolli, Victor Ramos e Reinaldo; Andrei Girotto e Luíz Antônio e Seijas (Nadson); Rossi, Arthur Caíke (Osman) e Wellington Paulista (Túlio de Melo).
Técnico: Vágner Mancini
Gols: Wellington Paulista, aos 26 minutos do 1º tempo (CHA); Grolli, aos dois minutos do 2º tempo (CHAP)
Cartões amarelos: Rossi, Victor Ramos, Osman (CHA)
Arbitragem: Cláudio Francisco Lima e Silva (SE); Cleriston Clay Barreto (SE), Fábio Pereira (TO).
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
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