Os defensores do uso da tecnologia para o auxílio da arbitragem no futebol terão que esperar mais um pouco para ver as competições nacionais evoluindo nesta direção. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, nesta quinta-feira (11), o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Coronel Marcos Marinho, disse que o uso do árbitro de vídeo está praticamente descartado no Brasileirão 2017. Ele afirmou ainda que o recurso está em fase de desenvolvimento e que "não há condições técnicas" por conta do alto custo financeiro.
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Marinho também explicou os critérios para as escalas das séries A e B e falou sobre o atual momento do apito do Rio Grande do Sul. Confira os principais trechos da entrevista:
Como está o desenvolvimento do projeto para utilização do árbitro de vídeo?
Estamos desenvolvendo o trabalho com a Fifa, como experimento. Temos feito alguma coisa no Brasil, Pernambuco, mas não é coisa tão fácil. É preciso treinamento, qualificação das pessoas que operam, além do custo, que é alto. Não dá para aplicar de uma hora para outra. Envolve um grupo grande de pessoas. Em 2017 não é tão viável ainda, mas para 2018 estamos trabalhando para isso. Seguimos o que pedem na Fifa para o experimento.
Há alguma chance de termos o uso do árbitro de vídeo no Brasileirão 2017?
Acho muito difícil. Não temos condições técnicas para isso. Há muita discussão sobre a viabilidade econômica. Seriam 30 mil reais por jogo, ou seja, 300 mil por rodada, por baixo. Teria que ver a geração de imagens e existem vários complicadores.
É possível usar o árbitro de vídeo em todas as divisões do futebol brasileiro no futuro?
Todas as divisões, a longo prazo, possivelmente. Primeiro, pensamos na Série A por ser um produto mais valorizado, com mais exposição e com mais recursos disponíveis.
Quais serão os critérios para as escalas de arbitragem das séries A e B?
Fizemos novo ranqueamento na CBF e os árbitros são divididos em A e B e C e D. Há um grupo separado para atuar nas séries A e B. São mais ou menos 65 árbitros, os melhores, digamos assim. Então, não há problema, e todos estão preparados para suportar a pressão dos jogos da A e da B.
A arbitragem do Rio Grande do Sul sempre foi protagonista no cenário nacional. Como o senhor avalia o atual momento do apito gaúcho?
Vejo um trabalho de renovação. Temos um grupo que está para atingir certa idade e há necessidade de renovar. Muitas vezes há um hiato de um ou dois anos para despontar um árbitro com nome e projeção e isso está sendo feito aí. Verifiquei quando fiquei uns 20 dias no Rio Grande do Sul. É uma renovação que está acontecendo e que leva um tempo para chamar atenção de todos.
*RÁDIO GAÚCHA