O luto pela Chapecoense se sobressaiu. Santos e América-MG não demonstraram nenhum ânimo na última rodada, mesmo que o segundo lugar ainda fosse de interesse do Peixe. Para não dizer que não jogou, após muito rodear a área do Coelho, Copete achou Ricardo Oliveira, que de cabeça fez o único gol do jogo.
Com o gol marcado logo no começo do segundo tempo, o interesse do público presente na Vila Belmiro se voltou todo para a partida entre Atlético-PR e Flamengo, em Curitiba, já que o vice-campeonato dependia de um tropeço dos cariocas.
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Apesar da falta de ânimo, não faltou paciência para o Santos tocar a bola. Renato e Lucas Lima trocaram passes perto da área e às vezes até acharam Zeca e Ferraz livres pelos lados, o difícil era achar espaço para acionar Ricardo Oliveira e Copete. Mesmo quando a defesa do América afastava, na maioria com Roger, o rebote era do Alvinegro, em peso no ataque e com a linha de quatro posicionada à frente do meio de campo.
A lentidão, confundida em alguns momentos com preguiça, desencadeou uma chuva de vaias ao fim do primeiro tempo, com o placar zerado e poucas chances criadas.
Já no segundo tempo, com o jogo praticamente decidido pelo placar mínimo e com David Braz e Yuri trocando mais passes do que Lucas Lima e Vitor Bueno, os mais de 7 mil santistas começaram a gritar por Elano como nunca em 2016. Até que aos 33 minutos da segunda etapa, Dorival Júnior atendeu aos pedidos e deu ao camisa 11 seus últimos minutos como atleta em campo. Os aplausos que antes não eram merecidos pela atuação foram direcionados a Elano, agora auxiliar.
Sem qualquer chance clara criada pelo América-MG e com o empate do Flamengo garantido na Arena da Baixada, restou ao santista o sorriso que externa algum alívio, certa decepção e alguma satisfação em retornar à Libertadores no ano que vem. Na memória, o agradecimento a Deva, Cleber Santana e a todos que nunca serão esquecidos na Vila.
* Lancepress