
Tão logo Juan Carlos Osorio indicou que poderia deixar o São Paulo, após a derrota contra o Flamengo, a diretoria iniciou uma força-tarefa para demovê-lo da ideia. O problema é que o colombiano está cada vez mais propenso a sair do cargo, independentemente do resultado da partida contra o Ceará nas oitavas de final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira. O técnico está chateado com a situação do clube.
O sonho de vencer no futebol brasileiro, a família e o compromisso com o elenco são os pesos favoráveis ao time do Morumbi, mas a possibilidade de uma saída ocorrer nesta quinta-feira é grande, mesmo que a Federação Mexicana de Futebol (FMF) tenha dado prazo de um mês para seu candidato favorito analisar a oferta para assumir a seleção local.
O presidente Carlos Miguel Aidar e seu vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, passaram o período da viagem de volta do Rio de Janeiro para tranquilizar o comandante, que se animou com a proposta tentadora para comandar a seleção mexicana. Além disso, uma mensagem enviada por um conselheiro após a derrota no jogo de ida contra o Ceará também precisou ser explicada.
Sem falar a mesma língua há muito tempo, Aidar e Ataíde voltaram a unir forças para evitar o que seria (mais) um fiasco retumbante da atual administração. As motivações da dupla, no entanto, são distintas. Idealizador da contratação, Ataíde acredita que Osorio é o nome ideal para romper o padrão brasileiro e quer que o clube pense a longo prazo em detrimento dos resultados.
- Ele vai ficar conosco; ficou chateado porque um conselheiro mandou uma mensagem depois do jogo (contra o Flamengo), mas está tudo certo - afirmou Ataíde.
Aidar também acha cedo para trocas, mas crê que os piores estragos seriam políticos, já que Osorio ainda não conseguiu impor sua forma de trabalhar. No entanto, um adeus motivado pelo descumprimento das promessas ao treinador enfim o colocaria na alça de mira da torcida.
- Os torcedores vão entender que o Ataíde só vendeu todo mundo porque alguém, no caso o Carlos Miguel, disse que era preciso - disse um conselheiro de bom trânsito com Aidar que pediu anonimato.
*LANCEPRESS!