É cada vez mais comum ver jogadores atuando aos 38, 39, até 40 anos. Porém, com apenas 32, Eduardo Costa decidiu se despedir do Avaí e de uma carreira de 16 anos no futebol profissional. O motivo? Questões pessoais, o desgaste de uma vida de pressão e cobranças por resultados, a vontade de partir para uma nova etapa.
Aos 32 anos, Eduardo Costa decide se aposentar
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- Estava pensando em encerrar em dezembro, mas aquilo que fiz minha vida toda não estava dando muito prazer e estava me fazendo mal. Então decidi antecipar o processo. Do jeito que estava minha cabeça poderia atrapalhar o time - explicou Eduardo Costa em entrevista coletiva nesta quarta-feira na Ressacada. Clique na imagem e acesse o Guia Online do Campeonato Brasileiro
No Leão desde 2013, torcedor avaiano desde criança, e um dos principais responsáveis pelo acesso do clube à Série A deste ano, ele preferiu sair como ídolo e pela porta da frente, sem criar polêmicas.
- Não tem muito o que polemizar. Comecei muito cedo, tudo muito precoce, acabei me desgastando mais rápido. Nosso limite acaba encurtando. Sou muito competitivo, então o fato de ter ficado fora em uma partida que poderia ser titular influenciou, mas não foi o fator principal - explicou, ao responder se a ausência no último jogo, contra o São Paulo, teria sido o estopim para seu anúncio.
Não foi só a torcida, os companheiros de time também foram pegos de surpresa pela notícia:
- Todos ficaram surpresos, ninguém me viu bravo e tal. Mas tudo na vida tem começo, meio e fim. Tenho 33 anos, a vida toda pela frente, mas tenho que encarar uma outra etapa. Recebi muitas mensagens de carinho até de quem eu não esperava, que não tinha um contato tão próximo de clube. Muitos falando para eu não parar, que sou muito novo. É a comprovação de que foi uma carreira bem sucedida.
Das 84 partidas em que vestiu a camisa azurra, o volante espera ser lembrado pelo torcedor por um momento especial que o marcou profundamente.
- Sem dúvida foi o acesso, desde que cheguei o objetivo maior era esse, consegui mais uma vez, apesar de todas as dificuldades que as pessoas aqui acompanharam. Vim hoje para brindar uma carreira vitoriosa. Vim aqui para agradecer, o que ficou para trás já era - desabafou.
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Agora Eduardo Costa quer mais é aproveitar as experiências que o futebol não lhe permitiu. Nos próximos seis meses, viajar, ficar com a família , se desligar do futebol e depois encontrar um novo rumo dentro ou fora do esporte.
- Mas vou ficar torcendo sem dúvida nenhuma para que o Avaí termine bem esta Série A. Não tem como não acompanhar, mas agora vai ser mais de longe - concluiu.
O presidente do Avaí, Nilton Macedo Machado, esteve ao lado do jogador, demonstrando seu apoio, durante toda a coletiva e avisou que será feita um a homenagem a Eduardo Costa neste sábado, na partida contra o Grêmio, clube em que o volante se despontou para o futebol nacional, internacional e Seleção Brasileira.