Um dia após o pedido de demissão do técnico Mano Menezes do Flamengo, o gerente de futebol do Corinthians, Edu Gaspar, foi bombardeado com perguntas a respeito do treinador, o último a ter sucesso no cargo antes de Tite, que vive um mal momento. Questionado se ele passa a ser uma sombra para o atual comandante corintiano, o dirigente negou:
- Agora, não. Até porque não tem só o Mano no mercado. Tem Abel Braga, estava até agora há pouco o Muricy, tem Jorginho, Caio Júnior... Vários treinadores. Estamos muito contentes com o trabalho do Tite ao longo dos anos, vocês (imprensa) sabem que é inegável onde chegamos, o nível que chegamos. Tivemos uma queda de produção e agora vamos voltar, com os mesmos atletas e comissão, a ter o desempenho de antes - garantiu.
O dirigente negou que existam problemas extracampo que atrapalhem o rendimento dos jogadores em campo. Com 30 pontos e na sétima colocação, o Timão não vence uma partida há cinco rodadas.
- Temos que passar para todos, inclusive para os atletas, tranquilidade. Tentamos detectar problemas, mas não têm. Nem extracampo, nem racha, estou acompanhando e não tem nada. É queda de rendimento. Temos de buscar o melhor desempenho. O técnico é o mesmo, os atletas são os mesmos e a confiança também. Temos de passar otimismo. Não têm problemas - garantiu.
A diretoria tentou propor a Tite a renovação contratual imediata, já que o vínculo do treinador vai até dezembro. Ele, porém, preferiu manter o que foi feito nos últimos dois anos, quando as conversas foram iniciadas apenas após o Brasileirão.
- Não chegou a ser uma proposta, tivemos uma conversa natural. O clube tem que saber qual o pensamento do Tite e ele saber o nosso quanto a ele. É saudavel e profissional. E não chegar na hora e decidir. Ha planejamento. Começamos as conversas e decidimos jogar mais para a frente - disse ele, que não acredita que o técnico possa pedir o boné em breve:
- Eu creio que não. Aprendi um pouco nesse cargo que o desgaste vem quando você tem pessoas que não são bem-vindas perto de você, que você não se dá bem. Agora, quando se tem um grupo de trabalho que se dá bem e que tem um relacionamento ótimo, não há desgaste. O grupo confia muito no trabalho dele e neles mesmos.
Sem mudanças
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