Após duas semanas consecutivas sem registro de regiões em bandeira vermelha no Rio Grande do Sul, o governo do Estado divulgou, nesta segunda-feira (19), que todas as 21 regiões covid estão autorizadas a retomar ou a manter as atividades presenciais nas escolas.
Esse é um dos principais critérios para que a retomada seja permitida: as regiões precisam ser classificadas por duas semanas consecutivas (a atual e a anterior) na bandeira amarela ou laranja. No mais recente mapa do distanciamento controlado, divulgado nesta segunda, o Estado determinou que três regiões estão em bandeira amarela e 18 na laranja.
A última região a deixar a bandeira vermelha foi a de Santa Maria, única classificada nesta cor no mapa definitivo da semana de 5 de outubro. Depois disso, todas apareceram em bandeira amarela ou laranja.
As atividades presenciais nas escolas de Educação Infantil foram retomadas em 8 de setembro. Em 21 de setembro, foi a vez das instituições de Ensino Superior, Ensino Médio e Ensino Técnico. O Ensino Médio estadual deve iniciar o retorno nesta terça-feira (20).
No entanto, as prefeituras e instituições que preferirem não retomar as atividades presenciais neste momento não serão punidas. Nesse sentido, o governo ressalta que eventos de grande porte só estão liberados em municípios que autorizaram a retomada escolar ou que estejam em processo para o retorno. A condição foi estabelecida como forma de elencar prioridades no retorno das atividades.
Minoria das regiões tem data para retorno
Um levantamento divulgado na última quinta-feira (15), feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) com as 497 cidades gaúchas, mostrou que apenas 15 delas tinham uma data prevista para a reabertura das escolas municipais. Outras 481 (ou 97% do total) disseram que não tinham data prevista para o retorno em razão da preocupação com o aumento da disseminação do coronavírus.
Por outro lado, 460 municípios já haviam elaborado comitês ou colegiados interdisciplinares com profissionais das áreas de educação e saúde para definição de ações conjuntas e de articulação no processo de elaboração dos planos para retorno das aulas.
Ainda conforme a pesquisa, 332 municípios do Estado vêm planejando fazer um retorno gradual às aulas (82%) e 300 apontam o sistema de rodízio (74,1%) como medidas a serem adotadas para a retomada das aulas presenciais, quando ocorrerem. Do total de cidades, 81,5% pretendem manter o formato híbrido de ensino, ou seja, parte remoto e parte presencial.
Na Capital, 76% das escolas municipais seguem fechadas nesta segunda
Na manhã desta segunda, dia que marcou a possibilidade de ampliação das atividades de ensino em Porto Alegre, 76% das escolas municipais seguiam fechadas.
Nesta segunda, 306 escolas públicas de competência do município de Porto Alegre, sejam elas municipais ou comunitárias — quando o Executivo garante acesso gratuito a instituições particulares —, estavam autorizadas a reabrir. O calendário permite a retomada de atividades presenciais para alunos do Ensino Fundamental 1 (primeiro ao quinto ano), da educação especial e do ensino para jovens e adultos (EJA).
No entanto, somente 24% dos colégios abriram os portões. Segundo o secretário, a tendência é de que as instituições consigam se organizar para a reabertura:
— A semana passada foi uma semana cheia de feriados, e isso também atrapalhou. Acho que nós avançamos. Mesmo em uma situação complicada, inclusive com movimento de greve, meu sentimento pessoal é de que iremos para uma semana de crescimento dos alunos. É importante que os pais conversem com as escolas para que entendam a importância de levar os filhos.