A produção diminuía. Os rumores cresciam. Até que, certo dia, vem a confirmação: a empresa vai fechar a unidade. Todos estão demitidos. A sequência vivida em agosto pelos funcionários da calçadista Di Cristalli, em São Francisco de Paula, na Serra, não é novidade para trabalhadores de fábricas que pareciam ser o esteio econômico de municípios gaúchos nos últimos anos. Recessão, crise setorial, reestruturação, companhias em apuros se misturam nas razões que levaram cidades a, de repente, perder o seu maior empregador, como no caso de São Chico, onde 360 pessoas — quase 10% dos celetistas do município — juntaram-se aos 12,9 milhões de desempregados do país.
Volta por cima
Em busca da reinvenção: os exemplos de municípios que se reergueram após a saída de suas maiores empregadoras
Demissão em massa de empresa calçadista de São Francisco de Paula impõe ao município da Serra desafio já superado por outras cidades gaúchas
Caio Cigana
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