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No último dia de viagem à China, o presidente Michel Temer disse que responsabilidade fiscal e abertura econômica ao mundo são os dois eixos que norteiam a atuação do governo e o processo de reformas que tenta implementar. Durante encontro dos países dos Brics com outras cinco nações em desenvolvimento, ele defendeu o sistema multilateral e disse que o desenvolvimento deve ser compartilhado.
– Devolvemos ao país o rumo do desenvolvimento, e o fizemos escolhendo o caminho responsável. Enfrentamos, sem rodeios, os desafios de uma economia que, com urgência, precisava voltar a crescer, voltar a gerar empregos e renda – declarou em discurso aos líderes dos dez países.
Além de China, Rússia, Índia e África do Sul, parceiros no bloco, participaram do encontro México, Tailândia, Egito, Tajiquistão e Guiné.
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O evento foi o último compromisso de Temer em seus dias de viagem à China. O presidente embarcou de volta ao Brasil pouco depois das 13h (2h de Brasília) de terça-feira. Sua chegada em Brasília está prevista para às 6h de quarta-feira, horário local.
O presidente realizou visita de Estado, em que foi recebido pelo presidente Xi Jinping e o primeiro-ministro Li Keqiang, na sexta-feira (1º). No domingo (3), ele viajou a Xiamen, no sul do país, para participar da 9ª Cúpula dos Brics, que teve um encontro ampliado no dia seguinte com cinco países convidados pela China.
Crise
O desequilíbrio das contas públicas foi a primeira crise enfrentada por seu governo, disse Temer em seu discurso. A resposta, ressaltou, foi a apresentação de uma agenda de reformas.
– Nosso pressuposto era, e segue sendo, o de que o equilíbrio fiscal é condição para o crescimento com inclusão social.
Segundo o presidente, a economia começa a dar sinais de recuperação, com a criação de novos postos de trabalho. Temer ressaltou que isso ocorreu sem o comprometimento da capacidade de o Estado investir em áreas básicas, como saúde e educação.
– Responsabilidade fiscal e responsabilidade social são dois lados de uma mesma moeda.
Temer ressaltou que estratégias de desenvolvimento bem-sucedidas exigem o aumento da integração aos fluxos globais de comércio e de investimentos. O encontro dos Brics seria uma das manifestações do processo de maior integração econômica ao mundo, observou.
– Nossa postura de abertura ao mundo traduz-se, ainda, na firme defesa de um sistema internacional baseado em regras definidas coletivamente. O compromisso do Brasil com o multilateralismo é inequívoco.