
A produção industrial do país subiu 1,4% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, conforme dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta é a maior desde janeiro de 2014, quando chegou a 1,8%.
Apesar do avanço, no primeiro trimestre deste ano, a indústria acumulou recuo de 11,7%. De acordo com o IBGE, essa é a maior baixa para o período desde 2009, quando houve queda de 14,2%.
Em 12 meses, o recuo é de 9,7%, a retração mais intensa desde os 12 meses encerrados em outubro de 2009, quando atingiu 10,3%. Na comparação com março de 2015, a queda chegou a 11,4%.
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Segmentos
A produção da indústria de bens de capital subiu 2,2% em março ante fevereiro. Em relação ao terceiro mês de 2015, o indicador mostrou queda de 24,5%. No acumulado de 2016, houve recuo de 28,9% na produção de bens de capital. Em 12 meses, o resultado foi de retração de 28,3%.
Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou alta de 3,2% na passagem de fevereiro para março. Na comparação com março de 2015, houve recuo de 8,7%. No acumulado do ano, a queda foi de 9,8%, enquanto a taxa em 12 meses teve recuo de 10%.
Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de março foi de alta de 0,9% ante fevereiro e de queda de 3,8% em relação a março de 2015. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve aumento na produção de 1,4% em março ante fevereiro e recuo de 11,4% na comparação com março do ano passado.
Para os bens intermediários, o IBGE informou que o indicador teve ligeira alta de 0,1% em março ante fevereiro. Em relação a março do ano passado, houve redução de 10,9%. No acumulado do ano, foi registrada queda de 10,3%, enquanto a taxa em 12 meses ficou em 7%.
Entre os setores, o crescimento de 1,4% da atividade industrial na passagem de fevereiro para março de 2016 teve como principal influência positiva o grupo produtos alimentícios, cuja produção avançou 4,6%.
Também cresceram as produções de máquinas e equipamentos (8,5%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,3%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,7%), além de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,6%) e produtos de madeira (4,2%).
Revisões
O IBGE também revisou o dado da produção industrial do mês de fevereiro ante janeiro, de queda de 2,5% para recuo de 2,7%. A produção de bens de capital também foi revista, de 0,3% para 0,5% em fevereiro ante janeiro. Já a fabricação de bens intermediários no período saiu de baixa de 2% para variação negativa de 1,9%.