O crescimento na venda de ovos de chocolate ficou próximo de zero na Páscoa deste ano, segundo balanço da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), divulgado neste domingo (20). O sábado (19), que já tinha muitos produtos em oferta, representou 30% do volume de vendas. O levantamento da entidade também revelou que os ovos mais caros, acima de R$ 25, representaram 40% das vendas. O preço do chocolate em ovo, que vem acompanhado de brinquedos e outros atrativos, é quase quatro vezes mais caro que o chocolate em barras.
"O consumidor fez as contas e optou por levar em barras e deixar o ovo, com um valor agregado, apenas para as pessoas mais próximas", avalia o presidente da AGAS, Antônio Cesa Longo.
O feriadão prolongado e o grande volume de pessoas que viajou e passou a Páscoa longe da família também são apontados como fatores para a estagnação nas vendas. Entre os pescados, o incremento nas vendas para a Sexta-feira Santa foi mais expressivo: o crescimento do faturamento sobre estes produtos foi de 15%.
"O grande destaque foram os peixes de até R$ 10, e 98% dos pescados comercializados foram congelados", explica Longo, lembrando que o setor supermercadista ainda encontra dificuldades de abastecimento e de falta de fornecedores para ampliar a venda de peixe fresco.
A Páscoa ampliou, ainda, a comercialização de outros itens, como a carne para o churrasco de domingo, os azeites e vinhos. As colombas pascais tiveram um crescimento de 20% nas vendas.