Fábricas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus têm atualmente 131,7 mil trabalhadores, número que só fica atrás do registrado ao fim de 1980, quando empregavam 133,6 mil pessoas. Há 33 anos, contudo, o país abrigava oito fabricantes. Hoje são 19, e muitas delas com novas filiais, o que significa que a produtividade por trabalhador aumentou muito.
Apesar dos cortes anunciados na General Motors na semana passada, de 598 funcionários na unidade de São José dos Campos (SP), o setor segue em ritmo de contratação. Em janeiro e fevereiro foram abertas 1.819 vagas, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Além da evolução no processo produtivo, com mais robôs e sistemas que exigem menos gente para operar máquinas, o setor passou por amplo processo de terceirização, deixando para as empresas de autopeças serviços antes feitos internamente. Sistemas modulares, em que fabricantes de conjuntos de componentes atuam nas instalações da montadora, também levaram à transferência de trabalhadores.