Gestada ao longo dos últimos anos, suspensa durante a crise internacional, finalmente ontem veio a boa notícia esperada por todos. Foi aprovado pelos acionistas chilenos da Celulose Riograndense o investimento de R$ 5 bilhões na fábrica de Guaíba. Mais de duas vezes o volume aplicado na duplicação da GM em Gravataí, o projeto, além de criar milhares de empregos - a estimativa é de 7 mil vagas na fase de construção -, vai dotar a unidade local de alta tecnologia para produzir celulose, com parte expressiva destinada ao mercado externo. É o maior investimento privado da história do Rio Grande do Sul.
O projeto não é só importante pela verba bilionária que carrega. Mas muito pelos efeitos que terá para as cadeias produtivas no Estado (ver notícia abaixo). São 40 municípios beneficiados - áreas plantadas se estendem por várias regiões gaúchas -, novas obras para melhorar a mobilidade urbana e facilitar o escoamento da produção e incremento expressivo da arrecadação. Muito bem-vindo, aliás, nesta época de caixa pouco mais magro pela desaceleração da economia.
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E a aprovação do projeto tem um lado que, a princípio, pode merecer pouca atenção. Mas tem valor incalculável, pelo menos olhando do ponto de vista do futuro: espécie de efeito psicológico para o Estado. Depois de perder iniciativas grandes, como nova montadora, a expansão da Celulose mostra que há condições aqui de se receber grandes investimentos. E que podem, muito bem, servir como "gancho" para futuros empreendimentos de porte.
Opinião
Maria Isabel Hammes: Finalmente, a expansão
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