Diante de uma plateia lotada no 5º Congresso Internacional de Inovação, em Porto Alegre, palestrantes estrangeiros abordam como a criatividade pode influenciar no desenvolvimento dos países. No primeiro painel do evento, que se estende até amanhã na Fiergs, especialistas apresentaram modelos eficientes de estimular a economia criativa.
Diretora de uma empresa australiana que trabalha com organizações para o fornecimento de soluções sociais e rentáveis, Lauren Anderson citou como um dos exemplos de consumo colaborativo empresas europeias de compartilhamentos de carros - pessoas que alugam seus automóveis nos horários em que não costumam usá-lo.
- Há ingleses que ganham 12 mil libras por ano ao alugar seus automóveis. Mais de 70% dos jovens alemães preferem viver sem carro do que sem smartphone - comparou Lauren.
Especialista em economia verde, o presidente e CEO da Global Urban Development, o norte-americano Marc Weiss destacou que nesta nova fase de desenvolvimento tecnológico nada pode ser mais importante do que as pessoas.
- Os recursos financeiros são importantes, mas não podemos esquecer diversidade de capacitação humana. Quanto mais as pessoas estiverem motivadas, mais forte será a economia - disse Weiss, acrescentando que os países precisam se desenvolver de dentro para fora, oferecendo condições para atrair profissionais de todo o mundo.
Ainda no primeiro painel, o suíço Gerd Leonhard, fundador do GreenFuturist e CEO da The Futures Agency, defendeu a necessidade de um capitalismo sustentável, que mantenha o movimento saudável do mundo.
- Em vez de fazer crescer o PIB, o governo deveria trabalhar para fazer crescer a felicidade das pessoas - disse Gerd, um dos principais futuristas de mídia do mundo e autor de cinco livros.