O Ministério Público Estadual e a Receita Estadual, com ajuda de policiais civis e militares, cumpriram nesta quinta-feira, em Flores da Cunha, na Serra, seis mandados de busca e apreensão em uma empresa que atua no ramo de bebida suspeita de sonegar pelo menos R$ 100 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Chamada de Operação Sangria, a investigação apreendeu documentos, computadores, livros, notas fiscais e materiais afins, com o intuito de evidenciar a autoria e a materialidade dos delitos de sonegação fiscal, falsidade ideológica, formação de quadrilha, informou o Ministério Público.
De acordo com o promotor Áureo Gil Braga, o esquema valia-se da omissão de vendas, créditos fraudulentos, existência de caixa 2 e contabilidades paralelas, além de empresas de fachada. Com isso, conforme Braga, a empresa desviava um fortuna dos cofres públicos e promovia a concorrência desleal no segmento. Se comprovada a participação da empresa, o Ministério Público deve denunciá-la à Justiça pelos crimes.