
Em junho de 2012, a cesta básica de Porto Alegre registrou alta de 2,87 %, passando de R$ 272,44 em maio de 2012 para os atuais R$ 280,26. A taxa verificada em junho de 2011 foi de 2,46%. No ano, a cesta acumula alta de 1,23% e em doze meses está 2,95% mais cara.
Na avaliação mensal, oito dos treze produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos estão mais caros, com destaque para a batata (52,25%) e o tomate (21,48%). Por outro lado, cinco itens tiveram redução, principalmente o pão (-4,48%) e o café (-3,61%).
No ano, a cesta está 1,23% mais cara. Os principais aumentos no primeiro semestre de 2012 foram verificados na batata (34,13%), no feijão (22,22%) e na banana (16,07%).
Em doze meses, a cesta acumula alta de 2,95%. Nesse período, oito itens estão mais caros, com destaque para a banana (36,77%) e o feijão (27,54%). No sentido contrário, cinco produtos estão mais baratos, em especial o tomate (-20,77%) e o açúcar (-5,66%).
O valor da cesta básica representou 48,98% do salário mínimo líquido, contra 47,61% em maio de 2012 e 54,30% em junho de 2011.
O trabalhador com rendimento equivalente a um salário mínimo necessitou em junho cumprir uma jornada de 99h 08min para adquirir os bens alimentícios básicos. Esta jornada é maior do que foi necessário em maio de 2012 (96h e 22min) e menor do que em junho de 2011 (109h 54 min).
A variação da cesta básica no período do Real ficou em 320,5% enquanto que o Salário Mínimo no mesmo período variou 860,02%.
Preço só cai em três capitais
Apenas três das 17 capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica apresentaram redução no valor do conjunto dos produtos alimentícios essenciais: Salvador (-6,59), Recife (-3,53%) e Goiânia (-0,96%). Nas outras 14 localidades, o valor da cesta subiu, com as maiores altas apuradas no Rio de Janeiro (3,79%), em Porto Alegre (2,87%) e Curitiba (2,62%).
Como vem ocorrendo desde o começo do ano, São Paulo registrou o maior custo para os produtos essenciais, com a cesta totalizando, em média, R$ 287,63. Em Porto Alegre, o preço do conjunto de gêneros básicos correspondeu a R$ 280,26 e, em Vitória, atingiu R$ 277,70. Os menores preços médios da cesta básica foram apurados em Aracaju (R$ 199,70), Salvador (R$ 213,20) e João Pessoa (R$ 229,56).
Com base no custo mais elevado apurado para a cesta básica e considerando a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em junho este valor correspondeu a R$ 2.416,38, ou seja, 3,88 vezes o mínimo em vigor, de R$ 622,00. Em maio, o valor estimado foi de R$ 2.383,28 (3,83 vezes o piso). Em junho de 2011, o salário base nacional deveria ter sido R$ 2.297,51, ou 4,22 vezes o mínimo vigente na época.