A companhia aérea TAP, de Portugal, criticou a falta de infraestrutura do Aeroporto Salgado Filho e afirmou que não fará futuros investimentos sem a modernização do terminal. O principal problema apontado é o bloqueio das operações em função da neblina.
O presidente da TAP afirma que as companhias europeias não estão mais acostumadas com limitações de pousos e decolagens como acontece em Porto Alegre. Fernando Pinto acredita que os problemas impedem o crescimento da companhia no Rio Grande do Sul:
- Obviamente, se nós temos outras opções que teriam este tipo de equipamento, não vamos ficar expostos demais a atrasos na operação. Para a empresa aérea, é um incentivo termos este tipo de equipamento.
Atualmente, a TAP opera com cinco voos semanais entre Porto Alegre e Lisboa.
Reportagem publicada nesta quarta-feira em ZH, aponta que o projeto para a ampliação da pista do Salgado Filho ainda não está concluído. A extensão da pista de 2,28 mil metros para 3,2 mil metros seria condição para instalar o equipamento ILS categoria 2 (na sigla em inglês, Instrument Landing System, ou sistema de pouso por instrumentos), que proporciona maior visibilidade a pilotos em pousos e decolagens. Hoje, o Salgado Filho opera com o ILS categoria 1.
Superintendente da Infraero no Estado, Jorge Herdina sustenta que o plano é implantar o ILS 2 na pista atual, como anunciado há um ano. Ainda não há sinais da instalação, que Herdina diz estar em "produção". Especialistas e pilotos alertam que seria arriscado, mas o superintendente garante a segurança.
Herdina admite não saber quando o plano da futura pista será finalizado. Estimativas indicam que pode demorar mais um mês. Se os atrasos persistirem, pode ficar comprometida a meta de concluir a obra em 2013.
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