Com o início da colheita, o cheiro de uva fresca começa a tomar conta da região da Fronteira Oeste e da Campanha, onde a expectativa é de uma safra de 10 mil toneladas e uma produção de 7 milhões de litros de vinho fino.
Com condições de clima favorável, a fruta também alcançou qualidade singular.
A Almadén, de Santana do Livramento, deu a largada na colheita com previsões animadoras: a safra promete ser a maior dos últimos quatro anos. Serão mais de 5 mil toneladas de uvas beneficiadas, 35% a mais do que no ano passado.
Boa produtividade aliada a condições climáticas ideais para as videiras resultarão em cerca de 3,6 milhões de litros de vinho de um padrão de qualidade comparável à safra de 2005, a mais conceituada dos últimos anos.
A vinícola - com a maior área plantada do país - atribui o aumento de produtividade nos 600 hectares de videiras à aposta de mecanização do sistema de produção da uva. Este ano, 200 hectares serão colhidos com uma máquina adquirida no ano passado.
A cada ano, a ideia é que o equipamento - que sacode as plantas fazendo com que a uva caia nos recipientes - colha em uma quantidade maior de hectares. A empresa também investe em poda, capina e desfolha mecanizada, gerando baixo custo de produção e otimização do tempo, o que contribui para deixar a Almadén mais competitiva no mercado, lembra o gerente executivo Afrânio Moraes Filho.
- Teremos um vinho excepcional. O clima, com inverno frio e constante, primavera amena e verão seco, é o ideal para a uva - diz o gerente.
De acordo com Moraes Filho, que também é presidente da Associação de Produtores de Vinhos Finos da Campanha Gaúcha, pelo menos 17 empresas do setor na região da Campanha estão em período de safra.
Qualidade à mesa
Regiões da Fronteira Oeste e Campanha dão início à colheita da safra de uva
Condições climáticas contribuíram para qualidade singular da fruta
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