Desde outubro, as reuniões do setor de pós-vendas da Randon Veículos, em Caxias do Sul, ganharam sotaque italiano. Criado nas proximidades de Milão, Alessandro Giovanni Bianchi foi recrutado para atender distribuidores e qualificar a comunicação da empresa com parceiros europeus. Mesmo com a indisfarçável pronúncia, a familiaridade com o português mostra o empenho do italiano de 26 anos em se adaptar à vida brasileira e fazer carreira no país.
- A situação econômica na Europa, em particular na Itália, está difícil. Os melhores lugares hoje para desenvolver a profissão são os países emergentes, como Brasil e China - afirma.
Após iniciar carreira na Europa e morar nas principais capitais da Ásia, Bianchi, pós-graduado em Engenharia Industrial, mudou-se para o Rio Grande do Sul com a namorada brasileira. Surpreendeu-se com a burocracia para obter licença de trabalho, até casar-se e obter cidadania. Os contatos com a Randon iniciaram-se em abril, mas só tiveram desfecho no mês passado. Bianchi considera natural o interesse de profissionais de alta qualidade em buscar vagas no Brasil.
Balanço da Coordenação Geral de Imigração, do Ministério do Trabalho, mostra que 26,5 mil profissionais estrangeiros receberam visto de trabalho no Brasil no primeiro semestre deste ano, quase 20% a mais do que no mesmo período de 2010. Metade dos 1,8 mil estrangeiros que receberam visto permanente ocuparam postos de administradores, gestores, gerentes e executivos.
Atração de executivos
Modernização de empresas e economia sólida impulsionam contratações de profissionais de outros países
No primeiro semestre, 26,5 mil estrangeiros receberam visto de trabalho
Erik Farina
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