Passados mais de 30 anos de Expointer, a tradição de avaliar os animais evoluiu junto com a pecuária e o desenvolvimento genético das raças. A tecnologia agora é mais uma aliada dos jurados, dentro e fora das pistas.
Em vez de escolher os exemplares apenas pela observação e conhecimento do modelo ideal de cada raça, o julgamento de bovinos está incorporando exames de ultrassom. Com ele, é possível medir o tamanho da capa de gordura e do lombo do animal.
A raça devon adotou o método neste ano. Como resultado, o jurado José Fernando Lobato apontou a fêmea Benedictus Zuleika Eulo, da Cabanha Santa Maria, de Santa Margarida do Sul (RS) e o macho São Valentin Progression, da Fazenda São Valentin, de Nova Prata (RS), como grandes campeões nessa quarta, dia 31.
- O exame foi fundamental na decisão. O importante nesse tipo de julgamento é identificar reprodutores melhores e com maior rendimento de carcaça - aponta Lobato.
Com essa avaliação o jurado busca animais que rendam cortes melhores e sejam melhores reprodutores. Além disso, o exame ajuda o produtor a conhecer melhor o seu animal e identificar o percentual e a distribuição da carne que está produzindo. O exame também é usado pelos criadores de charolês há alguns anos, como apoio ao julgamento e auxiliou na escolha de Rot 2643 de Santa Izidro, da Cabanha Santa Izidro, de Dilermando de Aguiar (RS) como supremo campeão da raça.
- O exame não é determinante, o importante é que o animal seja bem desenvolvido como um todo - explica o jurado da raça, Adriano Rubio.
Os ovinos também trouxeram a tecnologia nos julgamentos. Ainda que continuem avaliando os animais em pista, aderiram aos tablets para catalogar os resultados. O trabalho que antes levava horas para ser finalizado, agora está pronto em 15 minutos após o fim da competição.