A Casa RBS, dentro da programação da Expointer 2011, sediou uma aula aberta do Instituto Universal de Marketing em Agrobusiness (I-Uma) sobre o valor do agronegócio no desenvolvimento do Rio Grande do Sul e do Brasil. Ministrada pelo professor doutor Júlio Barcellos, o painel também contou com a palestra de um dos fundadores do Canal Rural e ex-diretor do Grupo RBS, o secretário do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas do governo Tarso Genro, Afonso Motta. Na ocasião, Motta recebeu seu troféu como destaque nos 15 anos da emissora.
O secretário avaliou que os últimos governos realizaram uma mudança radical na forma de enxergar o agronegócio através do fornecimento de crédito e da desburocratização desses processos. Para Motta, uma boa política pública se resume a oferecer recursos para que o agricultor tenha condições de produzir.
O ex-diretor do Grupo RBS também declarou que a produtividade através da tecnologia no Brasil é extraordinária e que vê um potencial muito grande nos pequenos produtores.
- Se eu fosse fazer um negócio hoje, apostaria todas as fichas na agricultura familiar - revelou.
Júlio Barcellos, por sua vez, focou seu discurso na importância de a agricultura brasileira inovar de forma criativa. Para o professor da I-Uma, a "revolução verde" e a "era tecnológica" precisam de mais do que novos produtos, mas novos processos.
- O produtor precisa ter a capacidade de ser empreendedor, de transformar lixo em utilidade - acredita.
Para isso, Barcellos destacou novas "dimensões conceituais" a serem exploradas, como a sustentabilidade, o uso de tecnologias limpas, a produção amigável e a consciência de que ter resultados econômicos positivos é resultado de um bom trabalho, e não um "pecado".
Ele também salientou a importância da integração do que chama de "triângulo sustentador", formado pelo Estado, as universidades e as empresas.
- O Estado entra como propulsor; a universidade, com o conhecimento, a ciência; e a empresa, com a ação - completou.