O grupo de hackers Lulz Security (LulzSec) foi criado em maio, como uma dissidência de outro grupo chamado Anonymous. A partir de então, uma sucessão de ataques a empresas de jogos, de mídia e governos passou a ocorrer. O LulzSec admitiu estar por trás de parte deles.
Esta semana os dois grupos se uniram para formar a Operação AntiSec, que teria o propósito de agir "contra a censura" e com o objetivo de retaliar governos que tentam impor controles à internet.
Desde quarta-feira, uma ramificação brasileira, chamada LulzSec Brazil, tem conduzido ataques a sites do governo. Até mesmo endereços eletrônicos de órgãos e prefeituras gaúchas foram atacados.
As ações que tiram sites do ar são chamadas de DDoS (sigla em inglês que significa negação distribuída em serviço). Confira como é feita a invasão:
1) A tática consiste em usar milhares de computadores para requisitar serviços do site alvo.
2) Essas máquinas foram infectadas por vírus e são controladas sem que o proprietário do computador tenha conhecimento de que seu PC está sendo usado no ataque.
3) O servidor onde a página alvo está hospedada fica sobrecarregado e sai do ar.
Guerrilha 2.0, por Marina Goulart (editora do ZH Digital)
marina.goulart@zerohora.com.br
A investida que une dois grupos de hackers, batizada de AntiSec, tem um declarado cunho político. Em vídeo divulgado na internet pelo grupo Anonymous, que está atuando em parceria com o LulzSec, é feito um estímulo para a invasão de sites de governos em todo o mundo para protestar contra tentativas de controle da internet e contra administrações corruptas.
As atividades de invasão são antigas, mas foram intensificadas a partir de um processo que a Sony moveu contra um hacker que conseguiu burlar o bloqueio do Playstation 3 contra jogos pirateados, no início do ano. O Anonymous declarou guerra à empresa, mas não assumiu o ataque que roubou os dados de 77 milhões de usuários da rede online de jogos.
Ao longo dos meses, as invasões escalaram, sempre com um discurso de luta contra a opressão e a falta de liberdade e pela divulgação de dados sigilosos. É muito difícil desmantelar esses grupos, pois as ações são combinadas em chats e fóruns, e cada hacker pode estar em um canto diferente do mundo.
Confira o comentário completo de Marina Goulart na Zero Hora desta sexta-feira.
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