Novidades chegam mais cedo às revendas de automóveis brasileiras

Aston Martin, Bugatti, Bentley, Ferrari, Lamborghini, Pagani. Quem imaginaria há poucos anos que superesportivos das mais famosas marcas do planeta, carros de sonho e privilégio de poucos, rodariam nas ruas e estradas brasileiras logo depois de chegarem aos maiores mercados do mundo Estados Unidos, Europa e China?

O mesmo ocorre nos segmentos mais próximos da realidade do país - como o de compactos, em que o Audi 1, à venda a partir de novembro em países europeus, e uma das atrações da montadora alemã no Salão do Automóvel de São Paulo, realizado até o próximo domingo, na capital paulista, desembarcará em fevereiro, três meses depois, nas concessionárias brasileiras.

Quem percorre o Pavilhão de Exposições do Anhembi encontra os mesmos modelos apresentados no Salão Mundial do Automóvel, em Paris, no começo do mês. Estão aqui os Volkswagen Jetta e Passat, o Hyundai Sonata, o Jeep Gran Cherokee, o Kia Sportage, o Renault Fluence, o Range Rover Evoque e o Volvo S60, entre outros.

A importância do Brasil no setor automotivo - um dos poucos países que avançam no mundo ao lado da China e da Índia e que neste ano superou a Alemanha na posição de quarto mercado do mundo - atraiu os grandes grupos internacionais. Os estandes do Anhembi mostram a nova realidade.

Ao lado dos carros nacionais, estão os últimos lançamentos internacionais. Das 42 marcas presentes, 16 têm operações no país, e as demais chegam por filiais ou importadores independentes. São 450 carros, dos quais mais de 200 estrangeiros.

Até a virada do século, as novidades internacionais levavam vários anos para chegar e, mesmo assim, restritas a poucos modelos. Com a presença estrangeira crescente nos últimos anos, os veículos nacionais evoluíram para acompanhar a globalização da indústria automotiva que busca na economia de escala saída para enfrentar a concorrência. A defasagem que separava os nacionais dos estrangeiros e a demora para a chegada dos importados será cada vez menor.