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É bom se acostumar com a ideia de não dar conta de tudo depois de virar mãe. Se já não era fácil antes, imagina agora?
Os “ins” começam a fazer parte do nosso dia a dia: incontrolável, inimaginável, imprevisível, impossível. Ah, que inconveniente!
É, minha amiga... Até o impossível vira fichinha. A gente descobre talentos, desenvolve habilidades e, quando menos espera, percebe que o que era impossível está feito. Assim, pá-pum! Só que o meu pá-pum nunca sai exatamente da forma que eu queria, mas é o que deu pra fazer, o que tinha pra hoje. Paciência.
A maternidade pode ser um enorme desafio para as perfeccionistas, um sufoco para as que prezam pela sua liberdade e uma tortura para as controladoras. Ainda assim, duvido que isso seja um martírio. O primeiro motivo é o clichezão mais verdadeiro do mundo: o amor compensa todo sacrifício. E a segunda razão para nós não nos consumirmos tanto, ao meu ver, é bem simples: não temos tempo para isso.
Eu costumo dizer que depois que liguei o meu “modo mãe”, meu corpo se acostumou ao trabalho eterno. Estava sempre fazendo alguma coisa, nem sempre útil, mas sempre em atividade. Até mesmo quando encontrava uma brecha, não estava me permitindo, literalmente, fazer nada. E era exatamente isso que eu precisava fazer em um pico de stress.
Nada. Nadica. Necas. Comecei a praticar meus poucos momentos de fazer nada. Sentar num banquinho da praça por 30 minutos numa tarde gostosa, deitar no sofá e olhar pra sacada. Ver o mar. Tomar um sorvete pensando naquela coisa maravilhosa doce e gelada trazendo serotonina e alegria para o meu ser. Sem falar, sem ouvir.
É incrível como esse exercício tem me dado mais tranquilidade e clareza.
Um fato: ser mãe é não dar conta. Vamos ficar devendo, no mínimo pra uma das pontas: pra gente, pros filhos, pra nossa casa, pro marido ou pra profissão. Sinceramente, eu devo um pouco pra cada um desses aí. Se tivesse um Serasa da vida, lá estaria eu, em todas as listas. A minha escolha foi ficar devendo pra todo mundo ao invés de sobrecarregar um credor.
Mas por hora, resolvi jogar fora a minha caderneta de débitos e desocupar minha cabeça, presenteando-me, vez ou outra, com o direito de fazer nada.