De repente o cenário na casa começa a mudar. O que antes era apenas do bichinho começa a ganhar cores e objetos de um “novo morador”. E quando o bebê finalmente chega em casa, é normal o pet sentir ciúmes e preterido.
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A chegada de um bebê pode despertar ciúmes no animal de estimação da família, ao sentir seu espaço invadido por um novo habitante que faz ruídos estranhos e ainda rouba a cena. Isso porque, nesse primeiro momento, ele ainda não sabe que pode ter recebido um parceiro de brincadeiras e doador de restos de bolachas, por exemplo.
Os donos devem estar atentos a alguns sinais que os bichinhos podem apresentar nessa situação como falta de apetite, depressão, medo, aumento da ansiedade ou ter comportamentos inapropriados, como urinar ou defecar fora do local habitual, roer móveis e objetos, ou, ainda, manifestar agressividade.
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O mais importante é não mudar a rotina do pet com a chegada do bebê. Se alguma alteração tiver que ser feita, que seja antes do nascimento, evitando o estresse e a associação do bebê a algo negativo. Assim, o segredo para ter sucesso na formação de uma nova amizade como desejamos é preciso ter paciência. E, caso o animal demonstre dificuldades na adaptação e sintomas de estresse, procure a ajuda de um veterinário.
As crianças que crescem com animais têm, comprovadamente, melhoria na sua coordenação motora, além de desenvolverem melhor a interatividade social. A convivência entre eles é, portanto, muito benéfica e pode (e deve) ser incentivada, desde que o animal esteja vacinado, vermifugado e tenha assistência veterinária, além de todo o cuidado com higiene, como banhos periódicos e unhas mantidas cortadas, especialmente no caso dos gatos.
Algumas dicas para a fase de adaptação:
1. Tentar, dentro do possível, manter as rotinas de passeio e exercício que seu cão/gato tinha antes;
2. Ao iniciarem os passeios familiares, incluir o pet para que associe o bebê como parte de sua “manada” e se sinta bem e integrado;
3. Dar petiscos, carinho e atenção na presença do bebê, para que ele associe esta presença a coisas boas;
4. Reservar momentos do dia para brincadeiras e carinhos ao seu bichinho, evitando desvios de comportamento para chamar atenção;
5. Evitar brincadeiras de arranhar e morder (já desde a descoberta da gestação);
6. Manter o contato entre o pet e o bebê somente quando estiverem sob a supervisão de um adulto, por mais tranquila que a situação pareça estar;
7. Ainda na maternidade, envie uma meia ou fraldinha de pano usada pelo bebê para que seja iniciada a apresentação do novo integrante da família ao cão ou ao gato da casa;
8. Ao retornar para casa, é preciso ser o mais natural possível e deixar que o animal se aproxime e cheire a criança, sob uma atenta supervisão.
Vanessa Martini é mãe do Theo e jornalista. Tem um blog, o Mãezinha Vai Com As Outras, onde divida a rotina e os aprendizados da maternidade. Escreve semanalmente sobre o assunto em revistadonna.com.