Nesta sexta-feira (22), o príncipe Harry obteve permissão para contestar legalmente uma decisão do governo que lhe nega proteção policial no Reino Unido. O neto da rainha Elizabeth e sua esposa, Meghan Markle, perderam este direito, concedido às custas dos contribuintes britânicos, desde que deixaram suas funções oficiais na monarquia e se mudaram para os Estados Unidos em 2020.
Em fevereiro, um advogado de Harry já havia afirmado que, apesar de viver nos Estados Unidos, Harry vai "sempre" considerar o Reino Unido como "sua casa". Ele fez a alegação no âmbito do procedimento judicial para que o príncipe obtenha proteção policial.
Para manter esta proteção, Harry se ofereceu para pagar do próprio bolso, o que foi negado pelo Ministério do Interior, decisão que ele agora contesta na Justiça. O casal tem proteção privada nos Estados Unidos e argumenta que eles não podem acessar as informações de que precisam para manter a família segura quando estão em solo britânico.
"O demandante não se sente seguro quando está no Reino Unido", argumentou seu advogado, Shaheed Fatima, na ocasião. "Não é preciso dizer que ele quer voltar para ver sua família e amigos e continuar apoiando as instituições de caridade, às quais ele está tão ligado", reforçou ele, "mas o mais importante" é que o Reino Unido "é e sempre será sua casa".
Agora, um juiz da Suprema Corte britânica concedeu permissão para uma revisão judicial, processo no qual um juiz examina a legalidade da decisão de um órgão público.