O júri do processo de difamação movido pelo ator Johnny Depp contra a ex-mulher e atriz Amber Heard em Fairfax, Estados Unidos, não chegou a um acordo sobre um veredito nesta terça-feira, e retomará as deliberações nesta quarta (1º).
Os sete integrantes do júri - cinco homens e duas mulheres - começaram a deliberar na última sexta-feira (27), ao término de seis semanas de depoimentos no tribunal de Fairfax.
As discussões foram retomadas nesta terça, pois no dia anterior foi feriado no Estados Unidos. Contudo, depois de mais de nove horas, os jurados não chegaram a um consenso sobre a decisão e retomarão as deliberações na manhã desta quarta.
Depp viajou ao Reino Unido para participar, no domingo e na segunda, de duas apresentações do guitarrista britânico Jeff Beck.
Questionada, uma porta-voz de Amber não quis confirmar, "neste momento", se a atriz estaria presente quando o veredito for anunciado.
O astro de Piratas do Caribe acusa Heard de difamação por uma coluna publicada no Washington Post em 2018, na qual ela se definia como "uma personalidade pública que representa a violência doméstica". A atriz não mencionou Depp, mas seu ex-marido pede 50 milhões de dólares de indenização, alegando que o ocorrido destruiu sua carreira e reputação.
Amber, por sua vez, contra-atacou pedindo o dobro, ou seja, 100 milhões de dólares. A atriz de 36 anos garante que estava exercendo o seu direito à liberdade de expressão ao escrever a coluna.
O júri deverá responder a várias perguntas, se pronunciar sobre ambas as denúncias e determinar o montante dos eventuais danos e prejuízos. Há várias possibilidades de desfecho.
Desde 11 de abril, os jurados ouviram dezenas de horas de depoimentos e gravações de áudio e vídeo, que revelaram detalhes escabrosos da vida do casal entre 2011 e 2016.
O ator perdeu um primeiro processo por difamação em Londres, em 2020, contra o tabloide The Sun, que o chamou de "marido violento".
Depp e Heard afirmam ter perdido, cada um, entre 40 e 50 milhões de dólares desde a publicação da coluna.