A atriz Nicola Coughlan, conhecida por interpretar Penelope Featherington na série queridinha do momento da Netflix, Bridgerton, não deixou passar batido um comentário sobre o seu corpo no Twitter. Após o Globo de Ouro 2021, que aconteceu no último domingo (28), a apresentadora Amanda Richards criticou a artista por ter apostado um casaco preto para complementar o look - e associou a escolha com o peso de Nicola.
"Aquela garota gorda de Bridgerton está usando um cardigã preto no Globo de Ouro porque não importa o quão atraente ou estilosa você seja, se você é gorda, sempre passará pela sua cabeça usar um cardigã preto - que você até decidirá que não é uma boa ideia, mas, no final, você usará porque sente que deve", escreveu Amanda.
Nicola então respondeu:
"Achei que o cardigã ficou sensacional. Molly Goddard (uma designer de moda) usou a peça junto com os vestidos em seu desfile e foi daí que a ideia surgiu. Além do mais, eu tenho um nome."
Em seguida, a atriz fez uma série de postagens em seu perfil da rede social e compartilhou um artigo que escreveu para o jornal britânico The Guardian há dois anos, intitulado: "Podemos julgar os atores por seu trabalho e não por seus corpos".
"Além disso, podemos parar de perguntar às mulheres sobre seu peso nas entrevistas, especialmente quando é completamente irrelevante. Estou vendo muitas entrevistas de 10 anos atrás, nas quais as pessoas dizem: 'Oh, eram perguntas tão inadequadas!'. Infelizmente, ainda está acontecendo", acrescentou ela.
"Toda vez que sou questionada sobre meu corpo em uma entrevista, fico profundamente desconfortável e muito triste que não posso apenas falar sobre o trabalho que faço e que amo tanto. É tão limitador para as mulheres quando estamos fazendo grandes avanços para a diversidade nas artes, mas questões como essa apenas nos puxam para trás", disse ela.
Por fim, a artista frisou que não é uma ativista do movimento body positive, e sim uma atriz que "perderia ou ganharia peso se fosse um requisito importante para um papel".
"Meu corpo é a ferramenta que uso para contar histórias, não como eu me defino. Então, sim, é 2021, seria bom se não tivéssemos que continuar tendo essa conversa. Adoraria nunca mais ser questionada sobre isso em uma entrevista", concluiu.