Foto: João Cotta, TV Globo, divulgação Mesmo no Instagram, Vanessa prefere preservar a imagem dos filhos, Raul, Maria e Moisés | Foto: Instagram, reprodução Ao lado do marido, o empresário Giuseppe Dioguardi, pai da filha Maria, dois anos | Foto: Instagram, reprodução Maria, a filha mais nova de Vanessa | Foto: Instagram, reprodução :: Alexandre Herchcovitch fala sobre a parceria com o marido na marca À La Garçonne, filhos e liberdade criativa :: “Sou contra o estereótipo da vovó que fica em casa. Me sinto realizada aos 71 anos”, diz Ieda, ex-BBB :: “Nunca fiz cirurgia plástica nem pretendo”, afirma a atriz Penélope Cruz aos 43 anos
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Equilíbrio: essa parece ser a palavra que guia a vida de Vanessa Giácomo. Aos 34 anos, a atriz, que acaba de estrear como a inspetora Antônia na nova novela das 19h da TV Globo, Pega Pega, faz questão de priorizar sempre a vida em família, mesmo em meio à rotina atribulada de gravações. É ao lado dos filhos Raul, 9 anos, Moisés, sete, e da pequena Maria, dois, que adora passar o tempo livre.
– As duas coisas me realizam como mulher e como pessoa, ser atriz e ser mãe e ter minha família – diz, em entrevista à Revista Donna por telefone.
A atriz, que iniciou a carreira em 2004, já como a protagonista da novela Cabocla, vive agora seu 13º personagem na TV.
– A Antônia tem uma personalidade muito forte, não consegue baixar a cabeça para ninguém. Mas, ao mesmo tempo, a vida vai mostrando outras coisas. A novela é leve e gostosa – conta Vanessa.
Confira o bate-papo com a atriz sobre maternidade, beleza sem dramas, machismo e, claro, o novo trabalho na TV.
Na novela Pega Pega, você vive a inspetora Antônia, responsável por uma investigação fundamental na trama. Como é dar vida a mulheres fortes?
É muito legal porque a Antônia, apesar de ser uma mulher muito forte e ter sucesso profissional, também mostra seu lado humano. É interessante retratá-la nestes dois aspectos: como a mulher forte capaz de dar conta de tudo, cuidar dos filhos, fazer compras, ter seu trabalho, se virar em mil e, ao mesmo tempo, tem um sentimento ou uma fragilidade. Humaniza muito. E acho muito interessante a forma como a Claudia Souto (autora da trama) retrata.
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E a Antônia vai ter uma veia cômica, não é? Como está sendo para você transitar pelo universo do humor?
É maravilhoso porque é um humor de situação, então não precisa fazer força para ficar engraçado. O próprio fato de a Antônia se envolver com um bandido sem saber já fica uma situação meio gato e rato: ela fala uma coisa, e ele entende outra. É muito bem construído, então acaba sendo mais fácil.
Você é superfã de alimentação saudável, mas já disse não se privar de nada.
Tudo é equilíbrio na vida. Nada em excesso faz bem. Não deixo de comer nada, como o que tiver vontade, só que não exagero. Se estou a fim de comer uma pizza, um pão ou uma massa eu vou comer, mas sem ser exageradamente. Como tudo de forma moderada. Faço exercícios, vou à estética (risos), e acho que é isso. Não tem muito segredo não.
Em entrevista ao Jô, você já disse que morre de medo dos paparazzi te fotografarem de biquíni. Como você lida com críticas ao corpo?
A pessoa tem que estar feliz com o próprio corpo e ninguém tem que julgar nada. Essa busca pela perfeição é muito chata. É completamente normal uma mulher aparecer com uma barriguinha ou ter uma celulite, e não tem que ser diferente. Se ela tem um corpo perfeito, ok, mas, se tem uma imperfeição, está tudo certo. Não tenho problema nenhum com o meu corpo, nunca recebi críticas nem nada. Quando eu dei essa entrevista para o Jô, estávamos falando de outra situação. Disse que nem curto ir muito à praia porque fica cheio de paparazzi, mas pelo incômodo da pessoa querer te fotografar o tempo inteiro quando você está com amigos. Eu sei que é o serviço deles, e súper respeito, mas é chato, você não fica à vontade numa situação dessas. Também não gosto de expôr meus filhos, então quando vejo que tem alguém, já quero ir embora. É só uma questão de onde você se sente melhor e fazendo o quê. Mas as pessoas têm que parar para pensar que essa busca pela perfeição não existe, e quem tem esse pensamento e quer sempre estar impecável vai sofrer e nunca vai estar satisfeita com o próprio corpo. As pessoas têm que dar uma relaxada, porque tem coisas mais importantes.
Aos 34, você é mãe de três filhos, algo que é incomum para atrizes da sua idade. Seu primogênito Raul, aliás, nasceu logo depois do estouro em Cabocla. Você sempre quis ser mãe?
Sempre quis, foi uma vontade que sempre tive. Eu tenho uma vida fora daqui. Sou uma pessoa profissionalmente muito realizada e também na minha vida pessoal consigo equilibrar porque preciso viver. Se ficar sempre priorizando o trabalho, pensando que não vou ter filhos por causa de algum trabalho, não teria até hoje, porque emenda um papel no outro. E dá para fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Consigo dar atenção aos meus filhos (os dois mais velhos frutos do relacionamento com o ator Daniel Oliveira, e a caçula do casamento com o empresário Giuseppe Dioguardio), vou à reunião de colégio, faço tudo o que qualquer outra mãe faz, não deixo de estar presente, de ouvir as dúvidas, de dar carinho e chamar atenção quando precisa. Acho que temos de curtir mais a nossa vida e não viver somente em função do trabalho. As duas coisas me realizam como mulher e como pessoa: ser atriz e ser mãe e ter minha família.
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Como você concilia a rotina com as crianças em meio às gravações?
Nas gravações a gente não trabalha o dia inteiro, sempre tenho a manhã ou a tarde livres, ou um dia às vezes não gravo, então dá para conciliar muita coisa, como qualquer outra mulher. Tento ser a melhor mãe que posso, com meus erros e meus acertos vou aprendendo.
E como você se divide com o seu marido, Giuseppe?
É sempre bom dividir funções. O meu marido está sempre do meu lado. E eu tenho algumas pessoas que trabalham comigo, e o meu pai está sempre por perto. As crianças estão sempre bem acompanhadas.
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Como é ser mãe nos dias de hoje? Rolam pressões ou cobranças externas, ou até de você mesma?
Não gosto disso, e nem faço isso com ninguém. Com quem está grávida, você pode dar uma dica, mas cada um sabe a forma que tem que tratar o filho. Vou no meu feeling e no meu instinto maternal. Quando acho que tenho que corrigir e passar valores que eles têm que aprender na vida, vou fazer. Há coisas que você vai aprendendo na vida.
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Nunca debatemos tanto o machismo quanto hoje em dia. Como é educar dois meninos e uma menina nesse contexto?
Apesar de estarmos falando muito sobre isso, os adolescentes e as crianças de hoje têm outro pensamento, outra cultura. Na verdade, estamos tentando mudar o nosso pensamento, da minha geração e das gerações anteriores. Mas isso não acontece de uma hora para outra. Aos poucos, vamos plantando uma sementinha aqui para colher um fruto amanhã.
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