Era para ser apenas um negócio. Mas virou o lar de um casal de investidores, que se apaixonou pelo processo de planejamento e obra deste apartamento antigo. Um engenheiro com interesse pela arquitetura e uma empresária da área de eventos, que levou muito da estética despojada e colorida ao projeto da arquiteta Victória Rizzo.
Inspirada no conceito idealizado pela designer norte-americana Justina Blakeney, Victória propôs uma versão contemporânea e light do Jungalow Style: uma fusão entre as palavras “jungle” (selva) e bungalow (bangalô).
Os tons alegres e que remetem à natureza nortearam a proposta.
– O apartamento estava em ótimo estado de conservação. Mas contava com apenas um banheiro e a distribuição dos quartos em relação à importância e a luminosidade também não era equilibrada – explica.
A arquiteta conta que, a partir de então, foi o trabalho de demolir e construir um novo apartamento. Em três meses!
O parquê revitalizado só cedeu espaço no setor de jantar e na cozinha (onde está aplicado o porcelanato Veneto, da Portinari). Na foto à esquerda, é possível ver o mix de tintas: Tapeçaria, no hall, e Papel Picado, nas demais. O estilo informal e colorido também ganhou móveis de design contemporâneo, como a mesa Saarinen, as cadeiras da Schuster e a composição de sofá e poltronas da Ulltis – o maior como base para as fotografias de Mylene RizzoMarcelo Donadussi / Divulgação
Após a retirada de grande parte do vão da parede (foto ao lado), as áreas de estar ficaram mais unidas, separadas apenas pelo rack sob medida em laca (quando necessário, um painel de melamina amadeirada fecha atrás da TV , e o padrão pode ser visto na moldura próxima à laje)Marcelo Donadussi / Divulgação
Com 2,6m, a mesa de trabalho se integra a um dos recantos do living – assim como o sofá-cama, que tem um design "disfarçado"Marcelo Donadussi / Divulgação
Hoje, a cozinha está integrada com a sala, a lavanderia mais otimizada com o antigo dormitório de serviço e o banheiro foi transformado em dois.
A melamina Agata, padrão da Móveis Finger, dá o tom rosado da moda ao projeto, que também contou com o cinza-escuro do quartzo para a bancada da pia e do cooktop. O efeito quadradinho é impresso pelo revestimento preto e branco
da cerâmica AtlasMarcelo Donadussi / Divulgação
Renovada com tinta esmalte, a linda porta era a divisória entre a sala e o corredor de acesso ao quartos. Hoje, está na cozinha, voltada para a área de jantarMarcelo Donadussi / Divulgação
Uma revolução foi promovida na lavanderia: as paredes estão pintadas na cor Terra Roxa, o tanque mudou de posição e ganhou uma bancada de granito Branco ItaúnasMarcelo Donadussi / Divulgação
Para que a suíte fosse melhor distribuída, novamente alterações na planta baixa foram propostas pela arquiteta Victória Rizzo. Na foto acima, é possível ver a mais curinga delas: "roubar" uma parte de um dos dormitórios e somar ao quarto do casal, adicionando um novo armário embutido.
Para não atrapalhar a circulação,
o móvel da TV é uma sapateira esguia e com extensão de 180cm. O linho foi a escolha para as cortinasMarcelo Donadussi / Divulgação
Ao contrario da área social, para o setor íntimo as cores clarinhas foram a preferência.
– O quarto era pra ser um ambiente mais calmo, com menos cores, ambiente para relaxar. Outra mudança foi a abertura de mais uma porta para o acesso ao novo banheiro – conta a arquiteta.
O macramê assinado por Nana Boho
(@nanabohoatelie) é o ponto de textura
em meio à marcenaria clean da suíteMarcelo Donadussi / Divulgação
Este segundo toalete foi possível, segundo a profissional, devido ao método construtivo do edifício, que conta como uma rede de esgoto entre o que seria "uma laje dupla".
Feito do zero, o espaço é puro estilo, com parede verde, piso hexagonal em dois tons e um móvel com proposital estética vintage. Com melamina da Arauco, o volume conta ainda com o tampo de mármore de Carrara Gioia.
O segundo banheiro, construído do zero, tem no piso duas cores da linha Portinari Giz Hexa – e o verde foi a proposta
para a parede, com a tinta Cachmere SuvinilMarcelo Donadussi / Divulgação
E a reciclagem do que é bom e feito para durar seguiu com a cristaleira: hoje um armário com novos puxadores e usado como guarda-roupa é o primeiro ocupante do futuro quarto do bebê.
A cristaleira foi adaptada para o futuro quarto do bebê – e ganhou portas de palhinha e puxadores comprados em viagemMarcelo Donadussi / Divulgação