Reduto da comunidade vegetariana e vegana de Porto Alegre, o restaurante Prato Verde completou três décadas de operação no aconchegante salão no bairro Bom Fim. Por ser próximo da Feira Ecológica e do Brique da Redenção, o lugar faz parte de um dos itinerários clássicos de sábado, para quem gosta de comprar verduras frescas e almoçar comida de verdade. O Prato Verde é um dos pioneiros neste segmento na cidade e viu o seu o público mudar de 10% de vegetarianos em 1991, para 40% em 2021.
– Ao contrário do que muitos devem pensar, a maioria dos nossos clientes não é vegetariano. São pessoas abertas a possibilidade de não comer carne todos os dias e que prezam por uma alimentação saudável e equilibrada –, conta um dos sócios, Tiago Flores.
Quando abriu o restaurante em 1991, ele era vegetariano e achava que investir no segmento era uma boa ideia. Hoje ele segue otimista, afirmando que culinária sem carne é uma tendência mundial.
Para atrair o público pretendido, é necessário realmente vestir a camisa daqueles que prezam pela alimentação mais natural possível. Um exemplo disso é que todas as verduras servidas são orgânicas, fornecidas por pequenos produtores da região, que não fazem uso de agrotóxicos.
– Esse cuidado garante uma comida que faz bem à saúde e é rica em nutrientes, além de ser leve e saborosa –, garante Flores.
Diariamente, o Prato Verde trabalha com cerca de 12 variedades de pratos quentes. Desses, pelo menos sete são veganos. Flores conta que começou a colocar opções sem nenhum ingrediente de origem animal há 12 anos, observando a movimentação no mercado internacional.
– Antes da pandemia, era notória a quantidade de novos clientes veganos que chagavam. A maioria era jovem e trazia os pais para conhecer essa possibilidade no restaurante –, destaca Flores como uma das tendências que percebeu.
Entre os pratos veganos, tem a maravilhosa penne de arroz com tomates secos, a caponata de abobrinha, os legumes ao pesto e o tradicional mini burger de grão de bico. Um dos diferenciais são os itens da culinária tailandesa, como o Caril Thai (vagem, ervilhas frescas, batata, gengibre, leite de soja, salsa), o Rishttô (arroz integral, lentilha, moranga e couve flor) e o Mix Pak Choi (couve Chinesa, repolho, folhas verdes, alho, gergelim e shoyu), todos veganos.
Antes da pandemia, a maior parte do faturamento vinha de refeições feitas no local. Segundo Flores, 70% dos clientes trabalhavam nas redondezas do restaurante e iam almoçar ali para não comerem algo pesado, já que tinham que voltar ao trabalho. Com a perda significativa de consumidores no salão, pois a maioria está em home office, o delivery, o takeaway e a venda de produtos congelados se tornaram o carro-chefe.
Flores diz que a maioria das pessoas pede delivery dos pratos do dia e já aproveita para escolher alguns congelados, para ter praticidade na semana. Lasanha de berinjela, calzone de cogumelos e bife de amendoim são algumas das opções nessa modalidade. O sócio afirma que se interessa por firmar parecias para colocar os congelados em outros pontos de venda.
Prato Verde
Rua Santa Terezinha, 42 - Bom Fim
WhatsApp (51) 98960-0811
Delivery disponível pelo site delivery.pratoverde.com.br/loja e pelos aplicativos iFood e Uber Eats.
@pratoverde_vegetariano