Se existisse uma igreja do queijo eu seria um fiel fervoroso. Sinto que o queijo merece ser mais louvado no nosso dia a dia. Ele está tão presente e impregnado na nossa cultura que acaba sendo menosprezado muitas vezes.
Nada pode ser mais versátil do que o queijo, está em todos os momentos do dia. Começar a manhã com uma torrada com muçarela e requeijão não tem preço. Até uma santa salada fica mais interessante e sensual com meras lascas de queijo em cima. Aperitivo no meio da tarde? Queijo neles. E fica bem difícil resistir à tentação de uma pizza no jantar.
Nem preciso dizer que considero um gênio o cara que inventou o queijo frito. É provável que tal sujeito virasse santo nesta saborosa religião. Assim como o criador do pão de queijo.
Nunca entendi o porquê dos garçons que chegam na mesa com aquela bela peça de parmesão ou grana e perguntam se quero que rale em cima da massa. É evidente que sim. Sei que eles perguntam por educação, mas acho que devia ser lei servir o queijo automaticamente. Para mim, massa sem queijo é uma heresia.
Considero o fondue e a raclete como rituais de adoração ao queijo. O fogo tem o dom de derretê-lo e deixa-lo ainda mais majestoso. Pães, batatas e alguns legumes até tentam aparecer, mas viram coadjuvantes quando o queijo está escorrendo no prato.
Nos tradicionais restaurantes de alta gastronomia de países como Itália e França, um suntuoso carrinho de queijos faz a festa entre o prato principal e a sobremesa, preparando o paladar para a doçura celestial que vem a seguir. Essa prática poderia ser adotada aqui no Brasil para que pudéssemos valorizar e conhecer ainda mais a variedade e qualidade dos queijos regionais espalhados pelo país.
E bem que a legislação podia ajudar um pouco e acabar com a insensatez que limita o consumo e a produção de queijos artesanais deliciosos e cheios de história.
Oremos para ter queijo todo o dia, afinal, tudo fica melhor com queijo!
* Conteúdo produzido por Diego Fabris