Fim da linha para a gaúcha Verônica em No Limite. No episódio que foi ao ar na noite de quinta-feira (5), a corretora de imóveis pediu aos colegas da tribo Sol que a eliminassem no portal.
O motivo, segundo ela explicou, foi ter chegado ao seu limite: estava com dores no corpo e sofrendo psicologicamente.
— A minha cabeça não estava preparada para viver mais no limite. O meu limite chegou. Só tenho a agradecer à minha tribo, todos foram maravilhosos comigo. Mas eu estou em paz, um pouco triste porque era um sonho meu, mas agora é descansar — disse, ao deixar o programa.
Horas antes da votação, a gaúcha estava sendo cogitada pelos colegas para sair, mas não era a preferência deles. Na verdade, quem estava na reta era Matheus, que se apresentou como "Pires" no reality.
Em mais uma de suas jogadas estratégicas, o diretor pedagógico chamou Verônica em um canto e sugeriu que ela reunisse os colegas e pedisse para ser votada. Ele já sabia que ela havia relatado estar mal fisicamente.
— Me falaram que você quer sair. Eu quero muito ficar — começou Matheus.
— Eu também quero, mas é dificil pra mim agora. Eu tô pensando porque eu não queria desistir de um sonho meu. Mas ao mesmo tempo, a minha cabeça não tá aguentando, eu roí todas as minhas unhas, meus pés tão doendo muito — justificou a porto-alegrense.
— Você sabe que eu sou a bola da vez? O Pedro falou agora pra mim: "acho que a única chance de mudar é a Verônica chamar as pessoas e pedir pra sair". O que eu posso te pedir, da parceria que a gente teve, é que você reúna a galera agora e fale — sugeriu Matheus.
Dito e feito. Momentos depois, ela fez uma reunião do grupo:
— Gente, todo mundo aqui se inscreve porque tem um sonho, né? Mas hoje eu tô pedindo pra que vocês votem pra eu sair. Vocês vão estar me ajudando. Eu não quero prejudicar ninguém — anunciou, aos prantos, antes de ser consolada pelos colegas.
Prova do privilégio
Antes disso tudo, o programa desta quinta começou com a prova do privilégios. Após perder as dinâmicas valendo comida e fogo no episódio de estreia, a tribo Sol entrou empenhada, teve mais agilidade e venceu a prova.
Na disputa, os participantes precisavam montar um quebra-cabeça divididos em dois grupos: um para correr e o outro para montar o jogo. Até chegar a ele, as tribos enfrentaram um circuito com diversos obstáculos, incluindo barreiras e montar pontes de madeira.
O grupo Sol adotou uma estratégia e saiu na frente do Lua, que teve problemas para se organizar e se comunicar corretamente. Como prêmio, os vencedores levaram para o acampamento mantimentos como manga, tomate, atum, lentilha, abobrinha e café, além de fogo. Já a tribo Lua ganhou uma cesta menos abastada, com itens como dois chuchus, banana e carne seca.
Desconforto em papo sobre diversidade
A volta da prova, porém, foi um pouco tensa para a tribo Lua. Chegando no acampamento, eles começaram a falar sobre diversidade e uma atitude de Shirley acabou deixando alguns colegas desconfortáveis.
Tudo começou quando alguns participantes cantavam a música Vale Tudo de Tim Maia, quando Kamyla comentou sobre uma regravação da canção feita por Lulu Santos alterando a frase "só não pode dançar homem com homem e mulher com mulher", considerada homofóbica.
Shirley, então, interrompeu a conversa.
— Vamos agradecer e vamos orar? Todo mundo concorda?
— Ela puxou a oração dela mas foi em um momento que achei muito impróprio, estávamos falando de diversidade — criticou o psiquiatra Adriano Gannam.
Em seguida, a educadora física fez um discurso.
— É bom demais você não ser ignorante das coisas, eu estou ligada na conversa de vocês. Eu quero sair daqui sabendo mais e criticando menos. Eu tenho meus princípios e eu não vou mudá-los. Mas opinião, cara, a gente muda. Eu estou amando essa coisa toda diferente, nunca convivi com pessoas tão diferentes.
Prova da imunidade
Apesar disso, a tribo Lua conseguiu se restabelecer e conquistou a prova da imunidade, disputada em seguida. Mais uma vez, Janaron assumiu um papel de liderança e foi quem garantiu a vitória.
Na disputa, eles precisaram ter agilidade para, ao final, desatar nós, montar uma escada com toras de madeira e hastear uma bandeira.
— Meu papel foi o mais fundamental de todos, soltar os nós rápido — disse ele.
Como resultado, o grupo Lua se livrou do segundo portal da eliminação. Assim, o grupo Sol teve que decidir entre si quem iria eliminar, o que acabou sobrando para a gaúcha Verônica.