
No dia 26 de fevereiro de 2020, o navio Diamond Princess registrava mais da metade de todos os casos de covid-19 fora da China, com mais de 700 pessoas infectadas. Assim, o cruzeiro ganhou o noticiário internacional e agora tem sua história relembrada pelo documentário The Last Cruise.
O filme inédito tem exibição na noite desta quarta-feira (31), às 22h, no canal pago HBO, e traz os dramas vividos por passageiros e tripulação com depoimentos em primeira pessoa. O navio ficou ancorado em quarentena em um porto do Japão e atraiu atenção internacional. Muitas das cenas pareciam de outro mundo: cientistas usando trajes contra substâncias perigosas, passageiros com máscaras e equipes de limpeza desinfetando restaurantes vazios a bordo tomaram conta dos noticiários.
Com poucas informações disponíveis sobre o novo vírus e recursos limitados, os casos no navio dispararam. A embarcação abrigou os primeiros cidadãos de Argentina, Israel, Portugal, Rússia, Ucrânia, Indonésia, Quirguistão e Nova Zelândia com teste positivo para covid-19.
Enquanto o Diamond Princess estava em quarentena, cientistas do governo dos Estados Unidos estudavam o que estava acontecendo a bordo. Apesar das suas descobertas de que o vírus provavelmente estava no ar e que pessoas assintomáticas contribuíam para a propagação, passou-se mais de um mês até o Centro de Controle de Doenças (CDC) norte-americano recomendar o uso de máscaras. Mais de dois meses depois, quando já havia um milhão de casos de covid-19 confirmados nos Estados Unidos, os viajantes assintomáticos que foram expostos ao vírus foram testados.
Segundo o The Guardian, em apenas 40 minutos, The Last Cruise evoca o medo e a ansiedade das pessoas que conviveram no mesmo local com algo desconhecido. “É uma forma de mostrar os tempos de incerteza e pânico de toda a população mundial”, definiu o jornal. Ao todo, o navio tinha 3,7 mil pessoas, entre passageiros e tripulação, e 13 pessoas morreram com a doença.
Mais dicas
Encontros sobrenaturais

Sucesso na Netflix em 2018, a série documental Eu Vi conquistou a audiência por trazer histórias de pessoas que relataram atividades sobrenaturais. Nesta quarta-feira, a plataforma de streaming lança uma versão latina derivada da original.
Eu Vi: América Latina mistura realidade e ficção ao encenar eventos descritos como paranormais, situações assustadoras e fenômenos sem explicação. Cada caso é reproduzido fielmente a partir do testemunho de diferentes pessoas, que permanecem assombradas pelo que viram, ouviram ou mesmo sentiram. Embora a série se passe na América Latina, nenhum caso brasileiro está na produção.
Dilemas da juventude

Os desafios dos jovens estão na série East Los High: No Ritmo de L.A, lançamento recente do Globoplay. A trama acompanha um grupo de amigos latinos que vive em Los Angeles e enfrenta dilemas da adolescência, como amor, sexo e vingança. Reconhecido por informar, educar e motivar o público a tomar escolhas mais saudáveis, o seriado conquistou o prêmio Sentinel Awards em 2015 e foi indicado ao Emmy por três anos.
Ói Nóis, 43 anos de atuação

Para celebrar seus 43 anos, completados nesta quarta, o grupo Ói Nóis Aqui Traveiz exibe, em sessão única, a leitura cinema-dramática de Instruções para Abraçar o Ar. Criada pelo argentino Arístides Vargas, a montagem é inspirada na história de Chicha Marini, uma das fundadoras das Avós da Praça de Maio, sobre o desaparecimento de sua neta durante a ditadura militar argentina.
A exibição ocorre às 20h, em youtube.com/oinoisaquitraveiz. O acesso é gratuito, mas o espectador é convidado a contribuir para a campanha que visa auxiliar os artistas do grupo e manter o espaço Terreira da Tribo. Doações podem ser feitas em benfeitoria.com/terreiradatribo.
Debate de ideias sobre cultura
Como sobreviveríamos a estes tempos sem a arte? Mobilizada pela questão, a Aliança Francesa de Porto Alegre recebe o escritor, poeta e jornalista Fabrício Carpinejar e o músico, ator e humorista Hique Gomez para um bate-papo mediado pela radialista, escritora e produtora cultural Katia Suman.
Com a proposta de promover “um respiro de arte para melhorar o clima”, o trio aborda a importância da cultura que conecta e alivia as solidões em meio ao caos pandêmico. O evento, gratuito, ocorre às 20h, com transmissão pelas redes sociais e canal da Aliança Francesa de Porto Alegre no YouTube.