Na madrugada desta quarta-feira (14), o Conversa com Bial recebeu Fábio Porchat, que comentou sobre seus projetos para o fim deste ano. Nesta quinta (15), ele estreará na Globo seu programa Que História é Essa?, logo após o The Voice.
Sucesso no GNT, a temporada que irá ao ar na TV aberta foi gravada antes da pandemia, já que os episódios mais recentes foram produzidos remotamente. A Pedro Bial, Porchat contou que, embora o programa tenha um tom leve, as gravações remotas foram muito desgastantes. Por conta de alguns problemas de conexão de internet, ele teve que aprender truques de leitura labial.
— Não adiantava ficar brabo, ou com raiva, mas é muito desgastante. Tanto que a temporada presencial, que é a que vai pra Globo, eu gravava vários programas por dia tranquilamente. Nessa, gravo um e estou exaurido — comenta.
Especial de Natal
Além de comentar sobre seu novo programa, Porchat deu uma prévia sobre a edição deste ano do já tradicional especial de Natal do Porta dos Fundos, no qual atua como ator, roteirista e apresentador.
Nesse ano, o programa se chamará Teocracia em Vertigem, uma paródia do longa de Petra Costa, Democracia em Vertigem. Imitando um documentário, a produção irá misturar religião com referências à política do país.
— Eu sempre começo a escrever o especial em março, então veio a pandemia e impediu a gente de gravar e contracenar juntos. Imagine, Jesus tem 12 apóstolos, se fosse o Buda seria mais fácil — disse, após exibir um trecho inédito no programa. — Até que o nosso roteirista, Gabriel Esteves, teve a ideia de fazer um documentário só com depoimentos — acrescentou.
Dessa vez, Jesus será interpretado pelo próprio Porchat, assim como no especial de 2018 que faturou o Emmy Internacional na categoria de melhor comédia. Em 2019, o papel ficou com Gregório Duvivier e motivou tentativas de censura na Justiça e um ataque à sede da produtora, no Rio de Janeiro.
Atentado
Falando sobre o assunto, Fábio comentou a prisão de Eduardo Fauzi, suspeito do atentado que virou réu e teve prisão preventiva decretada no mês passado. No início de setembro, Eduardo foi preso em Moscou, na Rússia.
Porchat disse que sofreu com a sensação de impunidade e que ficou feliz que justiça tenha começado a ser feita. Ele questionou o que teria acontecido para que as pessoas se achassem no direito de ataques como esse.
— Por que esses guardiões se sentem paladinos, capazes de fazer justiça com as próprias mãos, que na verdade é injustiça? — indagou o humorista. — As palavras geram ações. A arminha com as mãos gera ação. Você não repudiar esses atos, gera confirmação de que estão corretos. Hoje é com a gente, que você pode odiar, mas amanhã é com você.