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Em 19 de agosto de 2003, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, na época com 55 anos, morreu em um atentado com bomba em Bagdá, no Iraque. Ele e mais 21 pessoas foram vítimas do ataque de um caminhão-bomba ao Hotel Canal, que funcionava como sede da Organização das Nações Unidas (ONU), no país. Pelo menos 150 pessoas ficaram feridas.
A Al Qaeda assumiu a responsabilidade pelo atentado e informou que Vieira de Mello, que trabalhava havia 34 anos nas Nações Unidas, era o principal alvo da ação. Funcionário de carreira da ONU, o embaixador desenvolveu trabalhos no Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Recebeu o prêmio das Nações Unidas de Direitos Humanos. Trabalhou em diversos países, entre eles Timor Leste, Camboja e Vietnã.
Agora, a trajetória do brasileiro será retratada no longa Sergio, do diretor norte-americano Greg Barker, com Wagner Moura no papel principal. O filme, cujo primeiro trailer foi divulgado nesta quarta-feira (15), está previso para estrear no 17 de abril na Netflix.
Não é a primeira obra sobre o diplomata. Em 2018, os 15 anos da morte de Vieira de Mello foram lembrados pelo Instituto Rio Branco, em Brasília, com o lançamento do livro, de Wagner Sarmento, e do documentário Sérgio Vieira de Mello, O Legado de um Herói Brasileiro.
O projeto do livro e do documentário levou cinco anos para ser concluído e foi conduzido pelo produtor André Zavarize, da ZAZ Produções de São Paulo.
— Hoje existem muitos debates sobre a situação dos refugiados no mundo, e, em todos eles, a figura do Sérgio se faz presente. Mais de um milhão de refugiados foram beneficiados por políticas lideradas por ele — disse Zavarize, na época.