Estreia do canal pago Fox 1 de domingo, o seriado Feud: Bette and Joan, mostra a história da rivalidade entre as atrizes Joan Crawford e Bette Davis. Protagonizada por Jessica Lange e Susan Sarandon, respectivamente, a série tem oito episódios com uma hora de duração cada e é baseada em fatos reais. A crise surge no único filme que ambas fizeram juntas, O que Terá Acontecido a Baby Jane? (1962) – o roteiro acompanha a relação das duas durante as filmagens e depois que o longa foi lançado. A produção é de Ryan Murphy, responsável por sucessos como Glee, American Horror Story e American Crime Story.
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Feud também mostra como as atrizes enfrentaram questões, como a discriminação por suas idades e o sexismo, enquanto buscavam o sucesso. O elenco conta ainda com Catherine Zeta-Jones, Sarah Paulson, Kathy Bates, Alfred Molina e Stanley Tucci. Já confirmada, a segunda temporada de Feud terá foco na realeza britânica e deve retratar as discórdias no relacionamento do príncipe Charles com a princesa Diana.
ZH lista abaixo cinco rivalidades famosas que também poderiam render séries particulares:
1. Nelson Piquet x Ayrton Senna
Talvez a rivalidade mais famosa do esporte nacional: se dentro da pista os dois pilotos brasileiros travaram batalhas memoráveis, como nos GPs da Húngria e de Portugal, ambos em 1986, fora dela ambos nutriam certa antipatia um pelo outro. Rixas na Fórmula-1 não são novidade – a mais famosa delas, entre James Hunt e Niki Lauda, foi retratada no filme Rush, de 2013 –, mas entre os brasileiros a implicância ganha ainda mais vulto porque Senna é um dos heróis nacionais, principalmente depois de sua morte, em 1994, o que não impediu Piquet de responder, ao ser perguntado sobre quem era melhor, que obviamente era ele – já que era o único ainda vivo.
2. Chorão x Marcelo Camelo
A motivação pode ter sido infantil (supostamente, o vocalista do Los Hermanos acusou o frontman do Charlie Brown Jr. de ter se vendido ao sistema, por conta de um comercial da Coca-Cola – e este respondeu com um soco na cara), mas o caso rendeu notícias, respostas de lado e lado e uma rixa eterna entre os fãs dos dois grupos. As duas bandas, que à época ocupavam o panteão da música nacional, mantiveram suas carreiras paralelamente e, de tempos em tempos, tinham que responder questões sobre o arranca-rabo.
3. Daniel Filho x Mário Gomes
Até hoje, o ator Mário Gomes chama o diretor Daniel Filho de Salieri, uma referência a ao compositor italiano Antonio Salieri, suposto inimigo do gênio austríaco Mozart que teria dito a frase "eu matei Mozart". Isso porque Gomes, em 1976, se envolveu com a atriz Betty Faria, que à época era casada com o diretor. O episódio rendeu tentativa de boicote ao trabalho do ator na novela Duas Vidas, suposta ameaça de morte feita pelo diretor – e, ainda que não haja relação entre os episódios, poucos meses depois, Mário Gomes foi vítima do famoso boato da cenoura.
4. Caetano Veloso x Paulo Francis
A bem da verdade, Paulo Francis gostava de Caetano Veloso: o elogiava, o considerava bom compositor e respeitava sua obra. Mas, após a participação do músico no programa Conexão Internacional, da Rede Manchete, para entrevista Mick Jagger, Francis se revoltou: "Mick Jagger zombou várias vezes de Caetano na entrevista na TV Manchete. O pior momento foi aquele em que Caetano disse que Jagger era tolerante e Jagger disse que era tolerante com latino-americanos (sic), uma humilhação docemente engolida pelo nosso representante no vídeo", escreveu o cronista. Caetano não deixou barato e soltou o verbo contra o jornalista, como mostra o vídeo acima.
5. Lobão x Mano Brown
Em entrevista à Folha de S. Paulo, em 2013, o cantor e polemista Lobão disparou críticas para todos os lados. Além de acusar o Racionais MCs "braço armado do governo, são os anseios dos intelectuais petistas, propaganda de um comportamento seminal do PT", ainda disse que ManoBrown, vocalista do grupo, "brada clichês anacrônicos, exatamente como era de se esperar de um papagaio piegas. O chamado idiota inútil".
O rapper, claro, mandou sua resposta pelo Twitter: "Não entendo a postura dele agora. Ele, que pregava a ética e a rebeldia, age como uma puta para vender livro", escreveu Mano Brown, que ainda chamou o cantor para um cantor: "O Lobão está sendo leviano e desinformado. Tô sempre no Rio de Janeiro, se ele quiser resolver como homem, demorô".