SÉRIES COM POUCOS EPISÓDIOS (INFELIZMENTE)
Awake
Série de 2012 que, infelizmente, não vingou. Talvez porque a trama era um tanto complexa para algumas cabeças. A história seguia um policial que, depois de um acidente de carro, perde um membro da família. O detalhe: cada vez que acorda, ele se alterna entre duas realidades paralelas, uma em que o filho está vivo e outra em que foi a mulher quem sobreviveu. Ele tenta entender qual das duas "vidas" é real, enquanto corre para descobrir o que está por trás do acidente que gerou tudo isso. Como só teve 13 episódios, podemos discutir teorias, que tal? Assista e me mande por e-mail suas conclusões!
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The new normal
Pode ter sido um dos únicos fracassos do produtor Ryan Murphy (de Glee e American horror story), mas até minha mãe ficou chateada em saber que só havia 22 episódios desta comédia para ver. Lançado em 2012, o programa é um tanto autobiográfico, já que conta a trajetória de um casal homossexual bem-sucedido (um deles produtor em Hollywood...) que contrata uma barriga de aluguel para gerar seu filho. A série é alegre, colorida e relaxante.
Pan Am
Para quem curte viajar, é muito interessante acompanhar, neste drama de época, como era a rotina da mais lendária e glamourosa companhia aérea da história. Quem não gosta de turistar por aí também pode curtir as intrigas e os romances que rolam nos céus do mundo entre comissárias e pilotos. E se indignar com as exigências inacreditavelmente sexistas impostas às funcionárias da empresa. Protagonizada por Christina Ricci (A família Addams) e indicada a três Emmy, teve só 14 episódios entre 2011 e 2012.
Jericho
Se você curte especular sobre o mundo pós-apocalipse zumbi com The walking dead, provavelmente vai gostar de Jericho. Esta série de 2006 acompanha os moradores de uma pequena cidade do Kansas depois de um ataque nuclear destruir os EUA. O programa foi cancelado após 22 episódios, mas o clamor dos fãs o trouxe de volta para uma segunda temporada com sete episódios.
How to live with your parents (for the rest of your life)
Outra comédia ensolarada que teve apenas 13 episódios em 2013 e foi cancelada por baixa audiência. Uma pena, porque a trama que acompanha uma mulher obrigada a voltar para a casa dos pais com mala, cuia e filha rende momentos agradáveis em frente à TV.
VER A PRIMEIRA TEMPORADA É O SUFICIENTE
Não me leve a mal: The following nasceu eletrizante. A primeira temporada do embate entre o agente do FBI Ryan Hardy (Kevin Bacon) e o serial killer Joe Carroll (James Purefoy), que fugiu da prisão e brinca de tortura psicológica com seu captor, é digna de maratona. A questão é que, ao final dos 15 primeiros episódios, transmitidos em 2013, a história tem um final, digamos, satisfatório. Tudo o que vem depois, nos dois ciclos seguintes, foi apenas uma tentativa inútil de continuar uma trama que não precisava ser continuada. Assista à primeira temporada e dê-se por satisfeito.
Desperate housewives
Um grupo de "donas de casa desesperadas" se une para investigar os motivos que levaram uma delas a cometer suicídio na pacata (só que não) Wisteria Lane, típico subúrbio americano. A história, narrada pela defunta, mistura suspense e comédia com um elenco principal afiado, formado por Felicity Huffman, Marcia Cross, Eva Longoria e Teri Hatcher. O mistério é solucionado nos 23 episódios da primeira temporada, então os produtores tiveram de encontrar mais casos nebulosos para as outras sete – o que esgotou a fórmula rapidamente. Sem contar que não dá para acreditar que haja tanta coisa podre no reino de Wisteria Lane.
CADA TEMPORADA (OU EPISÓDIO), UMA HISTÓRIA
Sherlock
Nesta série de Steven Moffat (de Doctor Who), cada episódio é praticamente um filme adaptado da obra de Arthur Conan Doyle. Além da produção caprichada e das histórias do peculiar detetive inglês, a grande atração é o elenco. Sherlock Holmes alçou Benedict Cumberbatch ao estrelato (merecidamente), e Martin Freeman brilha como John Watson. Até agora, há 11 episódios em quatro temporadas (a próxima vem em janeiro).
American horror story
Primeira de uma nova leva de séries antológicas, que narram um caso diferente por temporada. A ideia do produtor Ryan Murphy é contar histórias de terror ambientadas em lugares diversos. Com o passar dos anos, a produção ficou menos aterrorizante e mais bizarra. Por isso, indico as primeiras duas temporadas: Murder house e Asylum.
RECÉM COMEÇOU, DÁ PARA SE ATUALIZAR
Sense8
Esta série das irmãs Wachowski (de Matrix) é daquele tipo que, de início, não se sabe ao certo se é genial ou uma grande bobagem. Tanto que a crítica (incluindo ZH) falou muito mal da produção inicialmente. Com o tempo, cheguei à conclusão que a história era, sim, superlegal (e envolvente). A trama acompanha oito pessoas de cidades tão diferentes como San Francisco e Nairóbi que passam a viver, de forma sensorial, um pouco da realidade de cada um. É como se fossem irmãos de alma, e isso fala muito sobre empatia em um mundo cada vez mais individualista. A primeira temporada tem 12 episódios, e a segunda deve chegar no final de dezembro.
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Na seção bons atores em bons papéis (tipo Bryan Cranston como Walter White, em Breaking bad), preciso destacar o mexicano (filho de uma brasileira) Jaime Camil, que brilha há três temporadas na dramédia Jane the virgin. Não tem como não rir com sua atuação como o ator de telenovelas hispânicas Rogelio De La Vega, o egocêntrico astro que se mostra dedicado e amoroso ao descobrir, duas décadas depois, que é o pai da protagonista. É difícil acreditar que Camil não tenha sido lembrado pelas principais premiações da TV nos últimos anos.