A famosa revista de conteúdo adulto Playboy, que parou de ser impressa e vendida em março de 2020, retornará ao mercado no formato virtual. O relançamento está marcado para ocorrer ainda neste ano, conforme informações divulgadas pelo The New York Post nesta segunda-feira (13).
O novo projeto pretende tornar o conteúdo da revista eletrônica disponível em uma versão beta da plataforma Centerfold, concorrente do OnlyFans. Desse modo, as criadoras de conteúdo serão transformadas em "coelhinhas" da Playboy.
Como no OnlyFans, a Playboy irá criar na plataforma um sistema de assinaturas dos canais de suas "coelhinhas". O conteúdo, no entanto, será focado em cenas sensuais e com nudez, como na revista original.
Além dos sistemas de canais e assinaturas, a nova versão da Playboy irá oferecer uma capa digital com criadoras de conteúdo. A primeira será com a modelo Amanda Cerny, que participou de uma versão teste da plataforma e teria arrecadado cerca de US$ 1 milhão comercializando seu conteúdo adulto.
Vale lembrar que a Centerfold não é uma criação nova. Lançada em dezembro de 2021 pela Playboy, a plataforma foi apresentada como um lugar voltado à "liberdade criativa, expressão artística e positividade sexual".
A plataforma de conteúdo adulto
A diretora de marca da revista, Rachel Webber, informou ao The New York Post que a ideia é abandonar o nome Centerfold e integrar totalmente a plataforma à Playboy.
— Nossa plataforma de criadores da Playboy é a revista Playboy do século 21 — explicou.
Rachel também acrescentou que o projeto pretende dar mais poder e autonomia às modelos, já que permite comercialização das postagens e interação com a base de fãs.
Segundo ela, uma das grandes diferenças entre a plataforma da marca com relação a outras de conteúdo adulto, como Privacy e OnlyFans, é que as criadoras de conteúdo da Playboy precisarão se inscrever e ser aceitas por uma equipe editorial.
Apesar da existência de uma equipe editorial e de diferenças de layout e navegabilidade, a plataforma compartilha semelhanças com as concorrentes, como a possibilidade de os usuários se inscreverem e pagarem para visualizar as publicações de determinada modelo e também de enviarem mensagens para as criadoras de conteúdos.
O CEO da Playboy, Ben Kohn, disse ao The New York Post que espera que essa nova plataforma cause impacto nas concorrentes e movimente de forma considerável a economia desse setor da mesma forma que a revista Playboy abalou a indústria editorial há 70 anos.
O nascimento da revista
A Playboy foi criada em 1953 pelo empresário norte-americano Hugh Hefner, que na época tinha 27 anos e era diretor da revista Children's Activities. Em pouco tempo, a revista voltada ao conteúdo adulto se popularizou. Em seu auge, contava com uma tiragem de 7 milhões de cópias por mês.
Em março de 2020, devido à diminuição da procura por material impresso e ao aumento do consumo de conteúdos adultos via internet, a revista parou de ser publicada e vendida no formato impresso.