Convidada a assumir a Secretaria da Cultura do governo de Jair Bolsonaro, a atriz Regina Duarte, 72 anos, teve suas prestações de contas reprovadas ao Fundo Nacional da Cultura, conforme informações divulgadas pela revista Veja nesta sexta-feira (24). Segundo a reportagem, ela deve mais de R$ 319 mil.
De acordo com a publicação, a empresa A Vida É Sonho Produções Artísticas, que pertence a Regina, obteve três financiamentos com base na Lei Rouanet que totalizaram R$ 1,4 milhão. Contudo, o Ministério da Cultura reprovou a prestação de contas de um dos projetos em março de 2018. Trata-se do espetáculo Coração Bazar, para o qual a atriz captou R$ 321 mil com base na legislação.
Por conta dessa peça, a publicação indica que Regina terá de restituir R$ 319,6 mil ao Fundo Nacional da Cultura. Os fundamentos da decisão são mantidos em sigilo. No entanto, a conta não foi cobrada ainda porque houve apresentação de um recurso por parte da atriz.
Entre os outros dois projetos, a reportagem informa que um teve contas aprovadas e o outro ainda não foi analisado. À publicação, a atriz disse que "fará o que a Justiça determinar". Já seu filho André Duarte, sócio-administrador de A Vida É Sonho, justificou que a prestação de contas foi reprovada porque houve um descuido: a falta de comprovantes de que o monólogo, em cartaz de 2004 a 2005, foi exibido sem a cobrança de ingressos, contrapartida do contrato.
A atriz se reuniu com Bolsonaro na última segunda-feira (20). A nomeação de Regina para a Secretaria Especial da Cultura vai ser anunciada nas próximas quarta (29) ou quinta-feira (30), conforme informou nesta sexta (24) Jair Bolsonaro, após chegar em Nova Déli, na Índia, onde inicia visita oficial de três dias.
– Continuamos namorando. Na quarta ou quinta-feira, ela vai no cartório assinar o casamento – afirmou o presidente.
A posição de secretário especial da Cultura ficou livre após a turbulenta saída de Roberto Alvim na última sexta-feira (17). O dramaturgo foi duramente criticado após publicar um vídeo em que parafraseia uma fala de Goebbels, o ministro de propaganda de Hitler.